sábado, 26 de junho de 2010

CAVALGADA EM SÃO JOSÉ DO BELMONTE / PE.

Cavalgada em Pernambuco relembra lenda sertaneja do século XIX. O percurso acontece todo ano em São José do Belmonte (PE).
A lenda teve início com um sertanejo pernambucano que, inspirado em versos de cordel, liderou um grupo de fanáticos religiosos que acreditava no aparecimento de Dom Sebastião, rei de Portugal.O rei não apareceu, mas a história é relembrada todos os anos com a cavalgada de São José do Belmonte, em Pernambuco.
Para conclamar os cavaleiros, música regional e uma salva de fogos de artifício. São 33 km de cavalgada até a Pedra do Reino, mantendo-se a tradição no sertão pernambucano. Honra é liderar os cavaleiros, assim pensa quem é escolhido para ser rei ou rainha do evento. Os organizadores refazem o caminho de tropas do império. 
Em 1838, o major Manoel Pereira da Silva e seus homens, dirigiram-se à serra do Catolé para acabar com uma seita que incentivava suicídios, no antigo arraial de Pedra Bonita, hoje Sítio da Pedra do Reino, ponto final da cavalgada.
Hoje, este sítio é considerado um memorial, conservando um pedacinho da história do Brasil.

(Fonte: Via Brasil)

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A FESTA DO PAU DA BANDEIRA.

Acostumado a ser intimidado com seqüestros, afogamentos e a ser pendurado pelos pés em troca de um bom casamento, Santo Antônio deve ficar aliviado quando a cidade de Barbalha, no sul do Ceará, vale do cariri, se enfeita  para homenageá-lo. 
"A festa de Santo Antônio de Barbalha é de primeira", já dizia o sanfoneiro Luiz Gonzaga. “É um fuzuê danado pra ver o pau da bandeira”. E no meio desse fuzuê, tem banho de lama, bastante cachaça e muita vontade das moças de arrumar um bom partido. Ritual é o que não falta. A festa, conhecida também como "Pau da Bandeira", acontece no mês de junho com algumas particularidades:
Tudo começa no sábado anterior ao primeiro domingo do mês, quando saem às ruas as mulheres casadoiras com mais de 30 anos, conhecidas como as "solteironas de Barbalha". São elas as principais interessadas no festejo, que tem seu ápice no hasteamento do tronco de até duas toneladas. Missas, apresentações folclóricas e shows profanos preparam o povo para o grande momento da chegada do “pau”, carregado pelos homens num trajeto de cerca de cinco quilômetros.
Então, é a hora das solteironas entrarem em ação. Para espantar a maldição da solteirice, elas avançam rapidamente em direção ao tronco, tocando, e até se esfregando nele. As mais afoitas, ainda assinam o nome na bandeira  com a imagem do santo - vale tudo para ter uma ajudinha extra. Há quem prefira evitar a multidão: essas tem a opção de comprar produtos que possuem as propriedades do pau. Na quermesse, as solteironas oficiais  faturam – se não um marido, ao menos algum dinheirinho: chá de lasca do pau  e terço com pedaços do tronco, são opções. Este último vem com a seguinte oração: “Santo Antônio, meu Santo Antônio, meu amado padroeiro, arranjai-me um bom marido, e eu o louvarei o ano inteiro”. E ainda acompanha indicação: “Reze este terço durante 13 dias e aguarde o milagre!”.  Xique !
E observa: “Tudo depende da  fé".
Portanto, se você é solteirona e deseja arranjar um casamento, corra porque ainda dá tempo. Os festejos se encerram no dia 13 de junho - dia do santo - com a procissão.
Devotos de Santo Antônio, os carregadores aproveitam o cortejo para se divertir. Além dos carros de bebida, paredões de som animam a população - forró é o ritmo mais tocado. Mas a festa tem um animador oficial: ao microfone, num carro de som, ele incentiva os carregadores o tempo todo.
Quanto as piadas de duplo sentido, o pároco da cidade diz que já se acostumou, e garante que existe muito folclore em meio à festa. 
Será ? 
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Luiz Gonzaga, o rei do baião, canta:
"A festa de Santo Antônio em Barbalha é de primeira." 
(música de Alcymar Monteiro)
Festa tradicionalíssima em homenagem a Santo Antônio. 
Barbalha,cidade conservadora se transforma numa festa realmente popular em que o sagrado e profano se interagem. 
Folclore e cultura bem peculiar da região do cariri cearense,bem no sopé da serra do Araripe.
Verdadeiro oásis em plena caatinga nordestina. 
Povo trabalhador, alegre e devoto do santo casamenteiro e do taumaturgo do nordeste Pe. Cícero.
Viva a festa de Santo Antônio de Barbalha!