quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019
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Aqui o Brasil fala com o Brasil.
"Permita-me ser sua liberdade."
(Fantasma da ópera)
"Livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive."
(Padre Antônio Vieira)
"Segue o teu destino.
Rega as tuas plantas .
Ama as tuas rosas .
O resto é a sombra
de árvores alheias".
(Ricardo Reis, heterônimo de Fernando Pessoa)
A dor de perder alguém em vida é pior do que a dor da morte, porque é o nunca mais de alguém que se poderia ter, já que está vivo e por perto”.
(Caio Fernando Abreu)
"Se podes olhar, vê.
Se podes ver, repara.".
(José Saramago)
"Sou uma filha da natureza:
quero pegar, sentir, tocar, ser.
E tudo isso já faz parte de um todo,
de um mistério.
Sou uma só... Sou um ser.
E deixo que você seja. Isso lhe assusta?
Creio que sim. Mas vale a pena.
Mesmo que doa. Dói só no começo."
(Clarice Lispector).
"A palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”.
(Graciliano Ramos)
”Sonhe com aquilo que você quiser. Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado. A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar duram uma eternidade".
(Clarice Lispector)
"Para tornar a realidade suportável, todos temos de cultivar em nós certas pequenas loucuras."
( Proust )
"Uma parte de mim é todo mundo
Outra parte é ninguém
Fundo sem fundo
Uma parte de mim é multidão
Outra parte estranheza e solidão
Uma parte de mim, pesa
Pondera
Outra parte, delira
Uma parte de mim almoça e janta
Outra parte se espanta
Uma parte de mim é permanente
Outra parte se sabe de repente
Uma parte de mim é só vertigem
Outra parte, linguagem
Traduzir uma parte noutra parte
Que é uma questão de vida ou morte... “
(Ferreira Gullar)
"O pó se acumula todos os dias sobre as emoções."
(Caio Fernando Abreu)
"(...) sabe que o meu gostar por você chegou a ser amor, pois se eu me comovia vendo você, pois se eu acordava no meio da noite só pra ver você dormindo, meu Deus...como você me doía! De vez em quando eu vou ficar esperando você numa tarde cinzenta de inverno, bem no meio duma praça, então os meus braços não vão ser suficientes para abraçar você e a minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme...só olhando você, sem dizer nada só olhando e pensando: Meu Deus, mas como você me dói de vez em quando!".
(Caio Fernando Abreu)
"Sou meu próprio líder, ando em círculos,
Me equilibro entre dias e noites.
Minha vida toda espera algo de mim
Meio sorriso, meia lua, toda tarde...”
(Renato Russo)
"Despojado do que já não há
solto no vazio do que ainda não veio,
minha boca cantará
cantos de alívio pelo que se foi,
cantos de espera pelo que há de vir."
(Caio Fernando Abreu).
Querida Silvana.
Seu blog é
um local de descanço onde, no frescor da sombra de uma jabuticabeira após a
chuva, ouvimos histórias de quem sabe contar.
Bençãos de
Primavera.
-Marcelo Agnan-
O ESPETÁCULO VAI COMEÇAR ...
"Há uma hora certa,
no meio da noite, uma hora morta,
em que a água dorme.
Todas as águas dormem:
no rio, na lagoa,
no açude, no brejão, nos olhos d’água,
nos grotões fundos.
E quem ficar acordado,
na barranca, a noite inteira,
há de ouvir a cachoeira
parar a queda e o choro,
que a água foi dormir...
Águas claras, barrentas, sonolentas,
todas vão cochilar.
Dormem gotas, caudais, seivas das plantas,
fios brancos, torrentes.
O orvalho sonha
nas placas da folhagem.
E adormece
até a água fervida,
nos copos de cabeceira dos agonizantes...
Mas nem todas dormem, nessa hora
de torpor líquido e inocente.
Muitos hão de estar vigiando,
e chorando, a noite toda,
porque a água dos olhos
nunca tem sono".
(Guimarães Rosa )
"Na minha aldeia tinha palmeiras
Onde cantava o sabiá
As aves que aqui gorjeavam
Não gorjeiam mais
Nosso céu tem poucas estrelas
Nossa floresta desmatada
Nossos bosques perderam a vida
Nossa vida tristonha
Em cismar sozinho, à noite,
Prazer não encontro eu aqui.
Minha aldeia tinha palmeiras
Onde cantava o sabiá.
Não permita Deus
Que a nação indígena morra
Sem que resgatemos nossa terra,
Sem que desfrutemos dos primores
Que aqui existiam,
Sem que ainda aviste as palmeiras
Onde cantavam o sabiá".
Paródia da Canção do Exílio (Gonçalves Dias)
Aliana Pataxó (Iata)