segunda-feira, 23 de abril de 2012
O DRAGÃO E A PRINCESA
Baladas medievais contam que
Jorge era filho de Lorde Albert de Coventry. Sua mãe morreu ao dar luz e o
recém nascido. Jorge foi roubado pela Dama do Bosque para que pudesse, mais
tarde, fazer proezas com suas armas. O corpo de Jorge possuía três marcas: um
dragão em seu peito, uma jarreira em volta de uma das pernas e uma cruz
vermelho-sangue em seu braço. Ao crescer e adquirir a idade adulta, ele
primeiro lutou contra os sarracenos e, depois de viajar durante muitos meses
por terra e mar, foi para Sylén, uma cidade da Líbia.
Nesta cidade, Jorge encontrou um pobre
eremita que lhe disse que toda a cidade estava em sofrimento, pois lá existia
um enorme dragão, cujo hálito venenoso podia matar toda
uma cidade, e cuja pele não poderia ser perfurada nem por lança e nem por
espada. O eremita lhe disse que todos os dias o dragão exigia o sacrifício de
uma bela donzela e que todas as meninas da cidade haviam sido mortas, só
restando a filha do rei, Sabra, que seria sacrificada no dia seguinte ou dada
em casamento ao campeão que matasse o dragão.Ao ouvir a história, Jorge ficou
determinado em salvar a princesa. Ele passou a noite na cabana do eremita e
quando amanheceu partiu para o vale onde o dragão morava. Ao chegar lá, viu um
pequeno cortejo de mulheres lideradas por uma bela moça vestindo trajes de pura
seda árabe. Era a princesa, que estava sendo conduzida pelas mulheres para o
local do sacrifício. São Jorge se colocou na frente das mulheres com seu cavalo
e, com bravas palavras, convenceu a princesa a voltar para casa.
O dragão, ao ver Jorge, sai de sua
caverna, rosnando tão alto quanto o som de trovões. Mas Jorge não sente medo e
enterra sua lança na garganta do monstro, matando-o. Como o rei do Marrocos e
do Egito não queria ver sua filha casada com um cristão, envia São Jorge para a
Pérsia e ordena que seus homens o matem. Jorge se livra do perigo e leva Sabra
para a Inglaterra, onde se casa e vive feliz com ela até o dia de sua morte, na
cidade de Coventry.
De acordo com a outra versão, Jorge acampou com sua armada romana próximo a
Salone, na Líbia. Lá existia um gigantesco crocodilo alado que estava devorando
os habitantes da cidade, que buscaram refúgio nas muralhas desta. Ninguém podia
entrar ou sair da cidade, pois o enorme crocodilo alado se posicionava em
frente a estas. O hálito da criatura era tão venenoso que pessoas próximas
podiam morrer envenenadas. Com o intuito de manter a besta longe da cidade, a
cada dia ovelhas eram oferecidas à fera até estas terminarem e logo crianças passaram
a ser sacrificadas.
O sacrifício caiu então sobre a filha
do rei, Sabra, uma menina de quatorze anos. Vestida como se fosse para o seu
próprio casamento, a menina deixou a muralha da cidade e ficou à espera da
criatura. Jorge, o tribuno, ao ficar sabendo da história, decidiu pôr fim ao
episódio, montou em seu cavalo branco e foi até o reino resgatá-la. Jorge foi
até o reino resgatá-la, mas antes fez o rei jurar que se a trouxesse de volta,
ele e todos os seus súditos se converteriam ao cristianismo. Após tal
juramento, Jorge partiu atrás da princesa e do "dragão". Ao encontrar
a fera, Jorge a atinge com sua lança, mas esta se despedaça ao ir de encontro à
pele do monstro e, com o impacto, São Jorge cai de seu cavalo. Ao cair, ele
rola o seu corpo, até uma árvore de laranjeira, onde fica protegido por ela do
veneno do dragão até recuperar suas forças.
Ao ficar pronto para lutar novamente,
Jorge acerta a cabeça do dragão com sua poderosa espada Ascalon. O dragão
derrama então o veneno sobre ele, dividindo sua armadura em dois. Uma vez mais,
Jorge busca a proteção da laranjeira e em seguida, crava sua espada sob a asa
do dragão, onde não havia escamas, de modo que a besta cai muito ferida aos
seus pés. Jorge amarra uma corda no pescoço da fera e a arrasta para a cidade,
trazendo a princesa consigo. A princesa, conduzindo o dragão como um cordeiro,
volta para a segurança das muralhas da cidade. Lá, Jorge corta a cabeça da fera
na frente de todos e as pessoas de toda cidade se tornam cristãs.
O dragão (o demônio)
simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo
defendeu representaria a província da qual ele extirpou as heresias.
Fonte: Wikipédia
quinta-feira, 19 de abril de 2012
HOMENAGEM AOS NOSSOS IRMÃOS NATIVOS.

Dos sons do igarapé e da força do jatobá.
Das águas do Araguaia, do Tapajós, do Iguaçu.
Somos filhos do sol de Kuaray, da lua de Jaci.
E da chuva que semeia o guaraná, a pitanga e o aipim.
Somos filhos dos mitos.
Do uirapuru e seu canto, do vento e do pranto.
Guerreiros, fortes, sábios.
Somos Ianomânis, Guaranis, Xavantes, Caiabis.
E o que somos nunca deixaremos de ser.
( Zeli Poa )
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