domingo, 27 de dezembro de 2009

SIMPATIAS PARA ENTRAR 2010 COM O PÉ DIREITO.





- DICAS E SIMPATIAS PARA ENTRAR O ANO DE BEM COM ELE -

Para comemorar a entrada de 2010, algumas dicas e cuidados são importantes para que possamos atrair tudo de bom para o ano que se inicia.
Algumas conselhos são importantes:

Estamos em tempo de gentileza, de receber visitas.
A primeira providência é fazer uma limpeza em nossa casa, retirar coisas que não queremos - abra espaço para as coisas novas que vão chegar. Decore sua casa com flores e não esqueça de perfumá-la com incensos bem cheirosos, de boa marca. Isso cria um ambiente leve e, consequentemente atrai boas energias.

Uma segunda coisa muito importante é fazer, em família, o balanço do ano que passou. Sente-se na sala em volta de uma mesa, acenda velas de cor azul ou branca, tantas quantas forem a quantidade das pessoas que vão participar deste experimento : deverão ser acesas uma de cada vez, individualmente, seguida de uma prece a gosto de quem está acendendo ( a medida que elas vão acabando, deverão ser substituídas). Bem, depois disso dá-se a palavra ao primeiro e no senttido horário cada um, na sua vez, faça o seu balanço, colocando para os demais membros o que concretizou durante o ano, o que não conseguiu e porque, e o que pretende no próximo ano. Isso faz com que a família fique , na medida em que os anos vão se passando, mais unida. Não tem tempo para terminar.
OPS ! Se não houver problemas com alergias, incensos também são bem-vindos.
Deve- se usar de sinceridade.
Antes de terminar o experimento, todos devem dar as mãos e fazerem uma prece pedindo PAZ para o Planeta.

Para a concentração, ainda em casa no dia 31/12 , prepare
um gostoso banho de alecrim , lavanda e hamamélis. Esse banho ajudará a aumentar sua confiança , concentração e diminuirá o cansaço. Dessa maneira, estará
usando a natureza para ficar mais alegre e feliz. E ficará com uma aparência melhor durante a noite.

De posse disso, coloque uma bela roupa, de preferência branca, ( para atrair PAZ), de acordo com as tradições africanas.
Se a intenção é atrair dinheiro, a roupa tem que ser amarela. E um grande amor, já sabe: cor-de-rosa.
Não esqueça de um bom perfume.
Ah, detalhe importantíssimo: coloque uma roupa íntima vermelha, se quiser
deixar os homens "enlouquecidos" em 2010,
Afinal de contas, não custa dar um empurrãozinho na sorte, não é mesmo ?

Mas cuidado, nada de roupas apertadas na virada do ano, pois sugerem um ano-novo com dificuldades.
Tô fora !


PARA QUEM VAI PASSAR EM CASA:

Para quem vai ficar em casa, uma boa dica é dar 3 pulinhos (pé direito) com uma taça de champagne na mão as doze badaladas. Depois de fazer o seu pedido, jogue o champagne para trás. Para ter sorte no amor, basta a meia noite cumprimentar uma pessoa do sexo oposto. Mas para quem está interessado em alguém deve escrever o nome do pretendido(a) sete vezes na sola do sapato esquerdo. Quando der meia-noite, bata sete vezes com esse pé no chão, repetindo sete vezes o nome da pessoa.
Arrume a mesa da ceia de réveillon com ramos de trigo. Não se esqueça da sopa de lentilhas. Ao badalar da meia-noite, coma três colheradas da sopa. A cada uma delas, mentalize um pedido: isso trará fortuna para o ano de 2010.

Dica importante:

Use um par de meias novas brancas, durante três dias, a partir do dia 28/12. No quarto dia, coloque ao Sol do meio-dia a meia do pé direito e, em seguida, atire-a longe, tomando cuidado para que não caia num lugar úmido. À meia-noite do dia 31/12, coloque ao luar a meia do pé esquerdo e repita o gesto, dizendo as seguintes palavras: "minhas meias foram longe. Não têm teia nem idade. Se se foram, porque se foram, virá a felicidade.
Assim seja."


PARA OS ADEPTOS DA PRAIA, NÃO ESQUEÇAM:

Cinco ou oito rosas brancas (números de Iemanjá e Oxum),
perfume de alfazema, fitas com as cores da harmonia (azul, amarelo, rosa, branco e verde), espelho, talco, sabonete e bijuterias. Forre uma cesta com papel celofane, amarre uma fita no cabo de uma flor e jogue um pouco de talco e de perfume por cima.
Depois, coloque o espelho,o sabonete e as bijuterias (atenção: estas feitas por você mesma, colocando nelas toda a força do seu pensamento pedindo PAZ para o Planeta ) dentro da cesta e leve para o mar.
Conte três ondas e, na quarta, ofereça a cesta à
Iemanjá e a Oxum.

Faça seu pedido, deixe a onda levar. Ah, só não pode voltar...

E depois é só correr para o abraço e brindar o novo ano que está chegando.

Você está pronta para entrar o ano de 2010 com o pé direito.

Pois é, esta receita me foi passada por minha bisavó por parte de mãe, quando eu tinha 12 anos. Guardei-a na memória com muito carinho e, assim que formei minha família, pus em prática rapidinho. E não é que deu certo? Garanto . É tiro e queda !
Basta você cumprir a receita tim-tim por tim-tim que as coisas boas vão começar a
acontecer.

Então, Boa Sorte !

E depois me conte o resultado...

Nos alimentos podemos encontrar:

Romã - fazer um talismã com as sementes atrai prosperidade e amor;
Damasco - comer damasco fortalece a energia sexual;

Melancia - comer essa fruta traz abundancia;
Morango - comer morango ajuda a encontrar um amor;
Uvas – coma 12 uvas para atrair prosperidade e amizade, uma para cada mês do ano;
Pêra - traz boa saúde,
Maçã - fortalece um casamento ou um relacionamento
Arroz - para ter vida longa
Lentilha - para ter dinheiro e fartura


PARA CONSEGUIR UM BOM EMPREGO:

No primeiro dia do ano, pegue uma maçã bem vermelha e finque nela três pregos. Em seguida, enterre-a no quintal ou num vaso fazendo a seguinte afirmação, com bastante fé: "estou enterrando o meu desemprego, a partir de hoje eu vou conseguir o trabalho que tanto preciso". Assim que conseguir o trabalho, desenterre a fruta, retire os pregos e jogue-a em água corrente.



PARA ATRAIR FARTURA:

Comer 3, 7 ou a quantidade de uvas correspondente ao seu número de sorte garante prosperidade e fartura de alimentos. Para garantir também dinheiro, guarde as sementes na carteira ou na bolsa, até a troca do próximo Ano-Novo.

Segundo uma tradição de origem árabe, uma boa recomendação para garantir fartura para o ano inteiro é comer nozes, avelãs, castanhas e tâmaras.

Feito isso, é só partir para o abraço e ser feliz !

E para terminar o ano, façamos uma reflexão com o nosso poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade, onde ele diz:

"Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um individuo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro
número e outra vontade de acreditar que daqui para frente... tudo vai ser diferente!".

No final, só me resta desejar QUE OS BONS VENTOS SOMPREM SEMPRE A SEU FAVOR em 2010.


Que sejamos Felizes !

VY A PAVẼ- 2010.





sábado, 19 de dezembro de 2009

PAPO DE ANJO.

São Tomás de Aquino afirma que os anjos carregam mensagens e distribuem sementes de intuição entre as pessoas. Aquela transmissão de pensamento, aquela sensação que você não sabe explicar, aquele sonho que se revela profético pode ser um anjpo soprando no seu ouvido.
A visão do teólogo dominicano é, obviamente, católica, mas os anjos não são privilégio do catolocismo.Os judeus, por exemplo,têm com eles uma profunda relação
Mas anjos de carne e osso também existem. Basta lembrar daquelas pessoas amigas que estão sempre ali, nos oferecendo ajuda e proteção. Gente de semblante sereno, brilho no olho, voz mansa e aura fosforescente.
Pense bem e você verá: esses anjos também são fundamentais na vida da gente.
Sem contar com aqueles completamente desconhecidos, que nunca vimos mais gordos ( e nem mais magros ), mas que, quando cruzam o nosso caminho, deixam um rastro de luz.
Mas atenção, há quem defenda que nem só de anjos bondosos e a fim de ajudar é feito o universo espiritual. Segundo a Bíblia, só existiam anjos bons num primeiro instante. Depois, em um segundo momento, eles se dividiram entre o bem e o mal.
Os anjos da guarda são os mais populares e, dizem, atarefados. Bem, reza a lenda que, quando uma criança nasce, um determinado anjo passa a protegê-la 24 horas por dia. É um guardião designado antes mesmo do nascimento, mas que só oferece proteção em tempo integral até os 8 anos.
Anjos estão na moda e não é de hoje. A nova cultura pop celestial talvez tenha se disseminado por causa das inseguranças que o mundo moderno nos impõe, da necessidade de consolo em meio ao caos contemporâneo, da internet com seus milhares de links para você descobrir e orar por seu anjo ou, quem sabe, simplesmente porque eles são verdadeiras beldades pintadas por Paolo Veronese, Filippino Lippi, Sandro Botticelli e Leonardo da Vinci: adolescentes andróginos de cabelos claros, olhos azuis, pele de pêssego, vestidos brancos e longas asas eretas ou em repouso. Esse é o tipo de anjo que, pode ter certeza, faria o maior sucesso na passarela do Rio Fashion Week.
Só sei que aos nos colocar à prova, eles nos ajudam a fortalecer os nossos "músculos virtuosos", testando a nossa moral e provando que somos do bem.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

JURUPARI.


 Jurupari é um personagem que aparece em inúmeras lendas amazônicas. Em algumas histórias é retratado como um herói que trouxe ordem ao mundo, em outras aparece como um temível demônio. Às vezes chamado de "filho do Sol", outras vezes de "filho do Trovão".
Jurupari é o Senhor das Leis, filho virginal de Ceuci. Não podia ser visto por nenhuma mulher - aquela que o visse, morria. Ele foi o herói mítico criado  pelos homens para explicar  e justificar as duras  leis aplicadas às mulheres, que ficavam renegadas a  uma total situação de submissão e inferioridade.
O fato é que Jurupari está presente na mitologia de diversos povos indígenas, notadamente os que vivem na região de fronteira entre Brasil e Colômbia.
No começo do mundo, uma estranha epidemia atingiu os índios da Serra de Tenuiana. Morreram quase todos os homens. Sobreviveram as mulheres e alguns velhos.
Para evitar a extinção daquele povo, um velho pajé - nascido da união de uma índia com o rei dos pássaros jacami - fecundou a todas as mulheres da aldeia com sua mágica. Depois disso ele mergulhou num lago onde uma estrela costumava se banhar, e desapareceu.
Dez luas depois, todas as mulheres deram à luz. Entre os recém-nascidos havia uma menina que foi chamada Ceuci.
Ceuci era de uma beleza esplendorosa. Já adolescente ela entrou na floresta e comeu a fruta proibida do pihican. O suco delicioso da fruta escorreu da boca de Ceuci, desceu por seu corpo e banhou-lhe as partes íntimas. Após comer as frutas sentiu-se diferente. Examinou-se e viu que não era mais virgem. Estava grávida.
Dez luas depois nasceu um menino forte e belo, que se parecia com o Sol. Foi batizado com o nome de Jurupari.
Os índios elegeram a criança como seu líder. Naquela época eram as mulheres que governavam. Elas discutiam a melhor hora para entregar os símbolos de chefe a Jurupari e quando se deu conta, a criança havia sumido.
Procuraram por Jurupari, mas nada encontraram. Dos mais altos morros da serra ouvia-se murmúrios de criança. A infeliz Ceuci permaneceu na mais alta montanha, chorando a perda de seu filho. À noite ela dormia e ao acordar pela manhã sentia que seus seios estavam vazios. Era seu filho, que vinha junto dela se amamentar.
Depois de 15 anos, Jurupari voltou a sua aldeia.
Ele revelou a todos que recebera uma missão do Sol: reformar os usos e costumes dos povos da terra. Ferveu uma resina em uma panela com água e criou todos os pássaros que voam pelo céu. Recebeu os enfeites de chefe, ensinou as novas leis a seu povo e mandou que alguns homens fossem às aldeias vizinhas, espalhar as novas leis a outros índios.
O nativo carregava consigo uma bolsa que lhe foi entregue pelo próprio Sol. De dentro da bolsa, bem lá do fundo, retirava pedras que eram pintadas com as sombras do céu, e que mostravam tudo o que acontecia pelo mundo. Nessas pedras podia também podia ver o futuro.
Em uma dessas pedras, viu a morte de Ualri. Jurupari então, se transportou até a palmeira que havia nascido do corpo de seu enviado. Uma música suave  saía da palmeira quando o vento assoprava.
 Pediu às aves que o ajudasse a cortar as folhas da árvore, e usando a mandíbula de um peixe, serrou a palmeira, que na verdade eram os ossos de Ualri.
E daquela palmeira, construiu um conjunto de flautas sagradas para que fossem utilizadas nos rituais a partir daquele dia.



quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

A LENDA DOS TUIUIÚS.


Os Tuiuiús (ou jaburus) são as aves símbolo do Pantanal.
Num passado muito distante,estas aves eram alimentados por um casal de índios que, após morte, foram enterrados no local onde elas (as aves) costumavam comer.
Inconformados e famintos, passaram dias e dias sobre o monte de terra que cobria os corpos do casal de índios, esperando que de lá saísse o alimento de todos os dias.
Como isso não aconteceu, a tristeza tomou conta deles de vez.
É por esse motivo que os tuiuiús têm essa aparência tão triste e fixam sempre o olhar para ao solo como se estivessem procurando algo.




Saudações Florestais !

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

E ASSIM OS CRISTAIS FORAM CRIADOS.

Num determinado dia, o Espírito Criador esticou seus braços e teve vontade de criar algo que ele nunca havia criado. Como sempre, sua idéia era criar alguma coisa que auxiliasse os seus filhos.
Olhou para eles e notou como suas almas brilhavam quando dançavam e se moviam em espiral através do espaço. Eles eram seres magníficos que trouxeram tanto prazer ao seu Pai quando este os criou.
Porém o Espírito Criador supôs em seu coração que era tempo de dar mais um passo. Seus filhos necessitavam de uma oportunidade de crescerem.
Eles necessitavam de um desafio, de aventura e feitos heróicos.
Eles necessitavam reconhecer que eles tinham opiniões e que poderiam controlar seus próprios destinos.
Eles necessitavam aprender sobre o poder do amor assim como sobre a percepção.
O Espírito Criador inclusive tinham um plano. Então seus olhos se moveram, abrindo os seus lábios em seguida e finalmente gritou: "Eu o tenho!

O Universo interior se agitou com o som de sua voz. Ele criaria um novo planeta onde as almas-criança poderiam viajar através do tempo. Este planeta teria uma nova forma, uma forma física, e a almas-criança teriam corpos físicos.
Neste planeta, eles se animariam através da necessidade de manter seus egos. Eles teriam muita abundância neste planeta. Eles poderiam aprender ajudando-se e valorizando entre si. E eles poderiam provar seus talentos para criar da mesma maneira que seu Pai havia feito.
O Espírito Criador sorriu quando considerou o seu novo plano. Porém seu sorriso poderia ser confundido. Não seria justo deixar essas almas-criança nesta grande jornada sem um Pai. Ele não poderia deixar seus filhos completamente independentes. Porém ele poderia enviar uma Mãe. Sim, ela seria de grande ajuda. Então ele tirou de si um pouco de energia feminina e construiu o novo planeta com essa energia.

Quando terminou, deu um nome ao planeta: Mãe Terra. Mãe e Pai juntos trabalharam para recepcionar as almas-criança. A Mãe Terra escolheu a cor do céu e das nuvens. Ela adorava a cor azul. O Espírito Criador viu a necessidade de construir pólos magnéticos. Os dois fizeram tudo com muito amor.
Porém no dia da chegada das almas-criança, Mãe Terra entrou em pânico. Estaria ela assumindo muita responsabilidade? E se as coisas saíssem mal? O que ela poderia fazer para corrigi-las? Ela fez estas perguntas ao Espírito Criador. Ele respondeu-a: - É claro que você poderá fazer isto. Nada sairá errado. Você tem que ter fé. A Mãe Terra insistiu: - Eu me sentiria melhor se tivéssemos um plano de emergência.

O Espírito Criador estava impaciente, porém achou uma boa idéia de um outro plano de apoio. Durante a noite ele plantou sementes debaixo da superfície da Terra. Segundo este novo plano, as sementes cresceriam e transformar-se-iam em cristais de diversos tamanhos, formas, talentos e cores.
Eles trariam beleza, energia e seriam um guia nas vidas das almas-criança. Eles abririam um novo caminho para a verdade. Eles ensinariam a curar e dar força à vida de todos os que eles tocassem. - Que maravilha! disse a Mãe Terra.
Quando as almas-criança precisarem de ajuda eu posso lhes dar os cristais. O Espírito Criador balançou a cabeça.

- Não, você deve permitir que eles encontrem os cristais. Quando uma alma-criança tiver o coração puro e o espírito amoroso, eles poderão levar os cristais consigo.
Ele o tocará, o estudará, jogará com eles e descobrira seus pequenos milagres. Essa alma-criança ensinará aos seus irmãos sobre este poder que vem da Mãe Terra.
Depois outra alma-criança conhecerá outro cristal e ensinará a outros o que ele também pode fazer. Esses ensinamentos serão passado a outros ininterruptamente. A Mãe Terra sorriu porque ela compreendeu que aquela ajuda sempre estaria ali ao alcance das almas-criança.
Eles teriam muito que fazer. Eles viveram num mundo repleto de prazeres, mas algumas vezes as coisas não funcionavam muito bem e muitos caíram doentes.
Um dia, uma alma-criança muito calada mas de coração puro e espírito amoroso, caminhou por uma pequena trilha e viu um cristal brilhando.

Feliz ele pode sentir aquela energia maravilhosa trabalhando no seu corpo e curando-o. Colocando-o na direção do sol, viu lindos raios multicoloridos.
Naquele momento ele sentiu que tinha em suas mãos uma pedra curativa.
Com este cristal, ele poderia ajudar seus irmãos a sentirem seus corpos mais energizados e também seus espíritos.
Aos poucos, ele ensinou aos outros como usá-lo.
Este conhecimento foi passado a outros.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

LENDAS URBANAS: A MULHER DE SAIA VERDE.


Lendas urbanas, mitos urbanos ou lendas contemporâneas são pequenas histórias de caráter fabuloso ou sensacionalista, amplamente divulgadas de forma oral, por e-mails ou pela imprensa e que constituem um tipo de folclore moderno. São frequentemente narradas como sendo fatos acontecidos a um "amigo de um amigo" ou de conhecimento público.

Muitas delas já são bastante antigas, tendo sofrido apenas pequenas alterações ao longo dos anos. Muitas foram mesmo traduzidas e incorporadas a outras culturas. É o caso de, por exemplo, a história da loira do banheiro, lenda urbana brasileira que fala sobre o fantasma de uma garota jovem de pele muito branca e cabelos loiros que costuma ser avistada em banheiros, local onde teria se suicidado ou, em outras versões, sido assassinada.

Outras dessas histórias têm origem mais recente, como as que dão conta de homens seduzidos e drogados em espaços de diversão noturna que, ao acordarem no dia seguinte, descobrem que tiveram um de seus rins cirurgicamente extraído por uma quadrilha especializada na venda de órgãos humanos para transplante.
São elas: 
Quem não lembra das balas SOFT ? Elas eram deliciosas, mas tinham um terrível efeito colateral: as crianças se engasgavam e morriam. A fábrica da Soft criou um produto para matar centenas de crianças brasileiras por algum motivo não bem explicado. 
Uma verdadeira arma de destruição em massa.
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 Nos anos 80, a Rainha dos Baixinhos ficou ainda  mais famosa com  a história de uma boneca da Xuxa que ganhou vida durante a madrugada, pegou uma faca e matou uma criança. O caso ganhou as páginas de jornais e revistas sensacionalistas e ganhou muitas e muitas versões diferentes, algumas dizem que a boneca estrangulava as crianças.
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A velha história das mensagens subliminares em músicas para crianças. Pessoas afirmavam categoricamente que se você ouvisse determinadas faixas do LP da Xuxa ao contrário mensagens ao diabo poderiam ser ouvidas. E assim milhares de baixinhos no Brasil estragaram os toca-discos dos pais girando o prato ao contrário tentado ouvir alguma coisa. Alguns afirmam que ouviam.
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Boneco do Fofão: um clássico. Diziam por aí que o simpático boneco tinha sido obra de um trabalho de magia negra e quem abrisse sua barriga encontraria uma faca negra. A história tomava contornos de realidade quando, apalpando a barriga você realmente sentia algo pontudo. Para piorar a roupa do Fofão era idêntica a do brinquedo assassino Chucky.
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Era um pirulito azul que coloria a língua. Não tinha gosto de nada, não era de sabor nenhum e ainda enchia sua boca de anilina. O uso prolongado do doce causava um devastador câncer de língua e já vitimara crianças em todo o mundo. Uma metástase de sabor.
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 A história diz que em uma piscina de bolas do Mc Donald's em um Shopping, várias crianças haviam sido mordidas por cobras que entraram e se esconderam dentro do brinquedo, fazendo um ninho. Essa história, já da época da internet correu o mundo.
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Trata-se de um quadro, muito popular na decoração de casas de classe média, que possui uma história sinistra e mete medo em muitas e muitas crianças Se o  quadro for virado de cabeça para baixo, ou mesmo de lado, é possível enxergar a verdadeira imagem que o pintor, num pacto com o tinhoso reproduziu. Uma criança em prantos sendo devorada por um demônio.
 
E a imaginação não para por aqui...

* O Orkut estaria se tornando pago e para não ter sua conta cortada é preciso repassar um mensagem à todos na sua lista de contatos.
* Os sanduíches do Mc Donald's seriam feitos de carne de minhoca (no Brasil), geralmente dizem ser da espécie "minhocuçu".
* Os esgotos das grandes cidades são habitados por crocodilos.
* O Palhaço da Kombi seria um indivíduo que percorreria a periferia das cidades raptando crianças. Em algumas versões ele seria acompanhado de uma bailarina que ajudaria a atrair as meninas.
* Blood Mary uma garota que se você falar "Blodd Mary" 3 vezes para o espelho, ela o mata e a única forma de acabar com Blodd Mary é colocando um espelho na frente dela.
* Portadores de Aids estariam colocando seringas contaminadas com o vírus sob assentos de cinema e ônibus como uma forma de vingança.
* Core seria um jogo de FPS para o nintendo, mas nunca foi lançado.
* Pessoas colocariam lâminas dentro de maçãs, em escorregadores e em outros locais apenas com o intuito de ferir outras pessoas.
* Alguns ecologistas alegam a existência de um motor movido apenas por água, cuja descoberta não seria anunciada por conta de um acordo da indústria petrolífera.
* Elvis Presley foi abduzido.
* Coca-Cola é capaz de corroer dentes (este mito surgiu pelo fato de que essa substância contém ácidos).
* O Papai Noel é uma invenção da Coca-Cola (na verdade, a empresa foi responsável apenas pela consolidação da imagem pela qual ele é normalmente conhecido atualmente).
* A Aids teria sido uma criação em laboratório feita para exterminar os povos da África.
* A Aids seria uma doença transmitida dos macacos para os homens por meio de contato sexual.
* O porco-espinho é capaz de arremessar seus espinhos a distância.
* O elefante tem medo de que um rato possa entrar em sua tromba, não se sabe afinal se é em sua tromba, mas o bichinho realmente tem medo dos roedores conforme comprovado em um episódio dos Caçadores de Mitos.
* O vermelho enraivece os touros (eles enxergam em preto e branco e o que realmente enraivece é o movimento da capa).
* Se um pombo comer milho de pipoca pode acabar morrendo, pois em seu estômago o calor é suficiente para fazer o grão explodir.
* A masturbação faz crescer pêlos e cria calos nas mãos.
* Arrancar um cabelo branco faz nascer vários no lugar.
* A do "homem do saco", que iria atrás das criancinhas que fugissem de casa ou saíssem sem a permissão dos pais.
* O Teiú quando é envenenado pela cobra, come uma batata, fica curado e mata a cobra logo a seguir.
* Uma cabeça de frango empanada fora encontrada junto aos pedaços de frango em uma embalagem de McNuggets.
* 15:00 da tarde é a hora em que os anjos saem a rua, e as 03:00 da manhã é a hora em que os demônios saem para atormentar a vida dos humanos.
* Juntar 1.000.000 anéis de lata de refrigerante lhe dá o direito de trocar por uma cadeira de rodas (ninguém nunca viu um posto de troca desse tipo).
* Matar formigas provoca diarréia.
* Matar Sapo faz chover.
* Os casos clínicos de fisiologia II, que acabam por causar um forte distúrbio psicopatológico nos estudantes de medicina, vulgarmente chamado de síndrome do dexi keto.
* SuperKen, o único super-herói que realmente saiu dos quadrinhos para a vida real!
* Manga com leite é um veneno fatal.
* Meg White é considerada um robô.
* As canetas BIC Cristal seriam de origem extra-terrestre.
* Deixar um chinelo virado ao contrário traz maus agouros e pode matar sua mãe.
* Garota do táxi; ela passeia num táxi pela cidade todos os anos no mesmo dia (o de seu aniversário) e depois manda o taxista cobrar no endereço de seu pai. Mas o pobrezinho acaba voltando no prejuízo, pois a passageira era um fantasma.
* Há um Punhal virado para baixo em cima de um símbolo demoníaco dentro da boneca da Xuxa; há quem diga que uma menina foi morta esfaqueada pela boneca.Todas as noites,a boneca vai comer rins no cemitério.
* Tem uma cruz indestrutivel e amaldiçoada nas motos CG Honda titan.
* Nunca se deve apagar a luz de um hospital (você ficará internado para o resto de sua vida).
* Um fio de náilon queimado nas 2 pontas faz você morrer com a cabeça e os pés queimados.
* O homem nunca foi a Lua.
* Quando o trânsito está parado,sempre há os limpadores de vidros que limpam os carros com água,e surgiu uma lenda que em vez de jogar água nos vidros,ele estariam jogando ácido no rosto dos motoristas,como uma forma de vingança.
* Todo o elenco dos famosos seriados mexicanos Chaves e Chapolin teria morrido em um acidente aéreo (seria o 11 de Setembro de 2001?);tal lenda é forte no Rio Grande do Sul desde o início dos anos 90. Parece ter sido divulgada pela Rádio Farroupilha, do Grupo RBS, que "coincidentemente" é afiliado da Rede Globo.
* Dizem que a Xuxa tem um pacto com o Diabo e que o nome Xuxa significa: eXU XAngô = XUXA.
* Há uma história que gira em torno do "O maior Hacker do mundo" hackeando a si mesmo por meio do IPv4 127.0.0.1 ou IPv6 ::1!
* Lobisomens assombrariam florestas e matavam campistas que saiam da cabana.
* Homem-Gancho seria um pirata que mata as pessoas e deixa o gancho ensanguentado na maçaneta da porta de quem morreu.
* Bruxa de Ferro ou Bruxa Mecânica, seria uma enfermeira que usava aparelhos ortopédicos que assombrava orfanatos.
* Existe um casa em São Paulo onde moravam uma família. Dizem que a família morreu e quem entrasse na casa morria. Esta lenda passou no Domingo Legal. A lenda chama-se "A Casa da tal família".
* O guardião do cemitério seria um vizinho, cujo pessoas morreram. Toda Sexta-Feira 13 ele bate com seu cajado nas covas. Dizendo "Fiquem em suas covas". Quem tirasse o feitiço dele, mortos-vivos saiam da cova.
* Amigios-Imaginários, quando são maltratados pela criança que o imaginou ele ataca a família da criança, até matar todos.
* Frankenstein é um programa de computador, inventado por um cientista. O único jeito de acabar com a maldição é jogando Frankstein no computador e destruir o programa.

"A Mulher de Saia Verde ".

Desde menino moro num pequeno prédio em Casa Forte, um bairro de classe média de Minas Gerais. Um prédio comum, igual a tantos outros do lugar. O condomínio tem uma ampla área de lazer onde eu e todas as crianças dos outros apartamentos podíamos brincar a vontade. Tempos de uma infância feliz. Era futebol, esconde-esconde, bola de gude; nada nos perturbava na nossa diversão. Quer dizer, quase nada. O prédio é assombrado por um fantasma no mínimo pitoresco. Na verdade, "uma fantasma”: a Mulher da Saia Verde.
Todos nós vimos essa assombração. Era uma mulher morena, de cabelos escuros e escorridos, nua da cintura pra cima e vestindo apenas a tal saia verde. Ela sempre aparecia no mesmo lugar, próximo a uma casinha na área externa do prédio onde ficavam as vassouras e o material de limpeza usados pelo zelador.
O detalhe curioso é que cada vez que a mulher se deparava com uma de suas vítimas repetia sempre o mesmo gesto: levantava a saia de forma desavergonhada. O medo era tão grande que ninguém nunca viu o que tinha por baixo da saia. Ela mata sufocando os meninos e homens.
Interessante também é que o espectro tinha hora certa para aparecer. Sempre ao entardecer, sob a luz amarelada do sol se pondo. Quantas vezes eu voltei para o meu apartamento correndo depois de apenas ver de relance a Mulher da Saia Verde. Difícil era dormir naquelas noites. Sempre sonhava que ela iria invadir o meu quatro e cobrir meu rosto, me sufocar com a sua saia.
Os adultos do prédio também eram surpreendidos pela visagem. Respeitavam, porém, uma espécie de lei do silêncio para não assustar as criança. Mas nós sabíamos que eles sabiam. E ninguém nunca explicou a aparição.
Certa vez ocorreu um fato inusitado que poderia ter relação com mulher misteriosa. Um dos moradores tirou uma foto de seu bebê deitado no berço. Na chapa, além da criança, apareceram estranhas figuras espectrais. Névoas semelhantes a rostos humanos. E esses rostos pareciam ser de índios.
Seria a Mulher da Saia Verde uma índia que uma antiga tribo que viveu naquele lugar antes da colonização? E por que tinha que levantar a saia? Um enigma insolúvel. A assombração tem aparecido menos nos últimos tempos.
Mesmo assim os corretores de imóveis que eventualmente vendem apartamentos no prédio fazem questão de omitir a existência dessa moradora bizarra...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O KUARUP.


A agitação em torno das malocas anuncia que algo importante está para acontecer. A madeira recém cortada espera ao lado da Casa dos Homens o momento em que servirá de tocha aos visitantes.
Os adorn
os de variadas cores e desenhos já enfeitam as cinturas e as cabeças dos guerreiros e mulheres que protagonizarão a festa.
É assim, entre as demais atividades, que a comunidade Kalapalo se prepara para um grande m
omento: a celebração do Kuarup: uma das maiores festas tradicionais indígenas.
Trata-se de uma reverência aos mortos, representados por troncos de uma árvore sagrada chamada Kam´ywá. É uma cerimônia dos índios do Alto Xingu, em Mato Grosso.

O Kaurup se inicia sempre no sábado pela manhã. Os índios, com muita dança e canto, colocam os troncos em frente ao local onde os corpos dos homenageados estão enterrados. Os filhos, filhas, esposas e irmãos choram o ente perdido e enfeitam o tronco que simboliza o espírito que se foi.


O tronco é pintado com tinta de jenipapo e envolvido com faixas de linhas amarelas e vermelhas. Sobre o tronco enfeitado são colocados objetos pessoais do homenageado como: o cocar de penas de gavião, o colar feito de conchas, a faixa de miçangas usada na cintura e outros objetos. Cada morto é representado por um tronco de árvore.


A cerimônia do Kaurup realiza-se, tradicionalmente, nos meses de agosto e setembro, os mais secos do ano e que antecedem as grandes chuvas.


Desconheço a origem das fotos postadas acima.

sábado, 12 de dezembro de 2009

A LENDA DA PEDRA PINTADA.


    Como um passe de mágica, tudo aconteceu e, como num conto de fadas, foi se tornando realidade...
Em um gigantesco Vale Verde, orlado de lindas montanhas, lagos, igarapés, há um imenso e tranqüilo rio, o Parimé. Nas suas proximidades encontra-se uma enorme pedra, cheia de mistérios e muita paz, a Pedra Pintada.

    Há muitos e muitos anos, ali viviam os índios Paravianas. Eles eram muito altos, fortes e guerreiros. Como toda tribo tem suas autoridades maiores, eles também tinham as suas: o Tuxaua e o Pajé. Como entidade espiritual, o Pajé pressentiu que alguma “coisa”, uma grande catástrofe iria acontecer a todos os índios. Reuniu a tribo e comunicou que havia sonhado com homens altos, com olhos azuis e cabelos de ouro que viviam para guerrear. 
Todos ficaram preocupados, pois havia uma “Seiva Sagrada” e ninguém poderia pegá-la. Somente o Pajé podia tocar a seiva que era para curar todos os males. O Tuxaua resolveu escondê-la entro da gruta em cima do Dólmen, onde também era guardado o tesouro da tribo.

    Como no sonho do Pajé, os homens brancos apareceram, invadiram a gruta e pegaram a “Seiva Sagrada”. Uma grande batalha aconteceu. A “Seiva Sagrada” explodiu uma grande fumaça em forma de cogumelo apareceu, matando todos os brancos e quase todos os índios.

    O Pajé, que havia sido salvo por seus poderes mágicos, pegou o tesouro e guardou-o no fundo do imenso lago, mesmo fraco e ainda com seus poderes, transformou dois índios em dois tigres e ordenou que ficassem como guardiões do tesouro. Com muita tristeza o Pajé deixou gravado na grande pedra a história de sua gente.

    Até hoje se encontra na Pedra Pintada, inscrições desse povo. 
O Pajé deixou a seguinte maldição:

    “Quem entrar no grande lago, verá chover, e essa água caída do céu, trará a maldição da doença”.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A ORIGEM DOS ÍNDIOS ARARAS.

"... Para eles, quando essa vida ainda não havia começado, existiam somente o céu e a água. Separando-os, uma pequena casca que recobria o céu e servia de assoalho a seus habitantes. Na casca do céu a vida era plena, pois havia de tudo para todos.
A boa humanidade, protegida pela divindade Akuanduba, vivia conforme as coisas básicas da vida: acordar, comer, beber, namorar, dormir. Se alguém cometesse algum excesso, contrariando as normas, a divindade fazia soar uma pequena flauta, chamando a atenção de todos para que se comportassem de acordo com a boa ordem.
Fora da casca do céu, existiam coisas ruins, seres atrozes e espíritos maléficos, contra os quais a boa humanidade estava protegida por Akuanduba. Houve um dia, no entanto, que ocorreu uma grande briga da qual participou muita gente.
A divindade fez soar a flauta, mas a multidão teimosa não quis parar de brigar. Nessa confusão, a casca do céu se rompeu, lançando tudo e todos para longe, para dentro da água que envolvia a casca. Com a queda, todos perderam e todos os velhos e crianças morreram, restando apenas uns poucos homens e mulheres. Dos sobreviventes, alguns foram levados de volta ao céu por pássaros amazônicos, onde se transformaram em estrelas.
Os que ficaram, foram abandonados pelos pássaros nos pedaços da casca do céu que caíram sobre as águas. Assim, surgiram os Araras que, para se manter afastados das águas, escolheram ocupar o interior da floresta.
Até hoje, os Arara, habitantes do vale dos rios Iriri-Xingu, no Estado do Pará, assobiam chamando as araras quando as vêem voando em bandos por sobre a floresta. Quando pousam no alto das árvores, as araras, por sua vez, observam os índios e, ao notarem o quanto eles cresceram, desistem de levá-los de volta ao céu.
Aqui já foram deixados outras vezes e aqui deverão permanecer. Os Arara, que antes viviam como estrelas, estão agora condenados a viver como gente, tendo que perseguir o alimento de cada dia em meio aos perigos que existem sobre o chão."


(Ieipari - Sacrifício e Vida Social Entre Os Índios Arara, Márnio Teixeira Pinto, Ed. UFPR, 1997)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

AFINAL, QUEM É O BODE EXPIATÓRIO ?


O tema é recorrente: a professora chama a atenção de um aluno por causa de alguma estripulia na sala de aula e a primeira coisa que ele responde é
- "Não fui eu !".

Então, a culpa da bagunça recai sobre aquele estudante que geralmente é mais ingênuo ou menos popular da turma.
São em momentos como este que os bodes expiatórios costumam a aparecer.

O bode expiatório é alvo favorito dos zombeteiros e daqueles que querem fazer alguém se submeter ao ridículo, recebendo arbitrariamente as culpas pelos erros dos outros, explica o escritor e professor Ari Riboldi:

Usar alguém de bode expiatório é jogar doses de ódio, revés e frustração sobre uma pessoa, acusando-a injustamente no lugar do verdadeiro culpado. Em muitos casos, o próprio escolhido é incapaz de perceber que está sendo vítima.

O professor de Língua Portuguesa e Literatura em Porto Alegre (RS), informa que a expressão teve origem em um ritual anual da tradição judaica, chamado de Dia da Expiação (Iom Kippur, em hebraico), que pode ser lido no capítulo 16 do Levítico, livro do Antigo Testamento da Bíblia.

Sacerdotes levavam dois bodes ao templo de Jerusalém para que um deles fosse escolhido, em sorteio, para ser sacrificado e queimado junto com um touro no altar dos sacrifícios. O sangue de ambos era colocado nas paredes do templo.

O outro animal, livrado do sacrifício, tornava-se o bode expiatório, que virava um símbolo de purificação e expiação dos pecados e culpas.
 O sacerdote colocava as mãos sobre a cabeça do bode para confessar todos os pecados de Israel. Em seguida, o povo também depositava os seus erros no animal, que depois era abandonado ao relento no deserto. Dessa forma, acalmava-se o demônio e o povo ficava livre dos males cometidos.

Ao longo da história, diversos bodes expiatórios surgiram, variando de acordo com o local e o período. Entre eles, os hereges, índios, negros, judeus, deficientes, homossexuais, pobres, imigrantes, comunistas, bruxas, leprosos, ciganos e nordestinos brasileiros. 
"Em geral as minorias são usadas como bode expiatório, pois são grupos mais 'fracos'".

Para Riboldi, a história da humanidade é rica em exemplos de dominantes que escolheram os mais fracos e indefesos para pagarem o pato, encobrindo os verdadeiros propósitos, que eram suas ganâncias e ambições. 
"Na história do Brasil, por exemplo, o caso clássico foi a morte de Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes." 
Ele foi o único a assumir toda a responsabilidade pela Inconfidência, inocentando seus companheiros, sendo executado e esquartejado.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

OS TOANTES.

Toantes são ão as músicas sagradas dos índios cantadas durante os cerimoniais para invocar a presença de um ou mais seres encantados. Possui uma alucinante monotonia que hipnotiza e empolga os participantes.

São entoadas pelos cantadores ou cantadeiras e dançadas pelos praiás, índios dançadores profissionais, que usam máscaras, roupas e pinturas rituais.

Estão presentes em todos os cerimoniais das tribos, sejam cerimoniais abertos, rituais fechados ou particulares.

Existem diversos tipos de toantes: toantes das festas, que não possuem letra e os índios apenas emitem sons vocalizados; toantes particulares, que possuem letras e falam a respeito do encantado a que pertence e não podem ser assistido por estranhos; toantes de cura, um tipo de música utilizada pelos pajés benzedeiros, quando são solicitados para a cura de uma pessoa doente, que são executados durante os rituais para invocar a presença de um ou mais seres encantados que tenham o poder de cura.

Desconheço a autoria das fotos postadas acima.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

A LENDA DAS CATARATAS DO IGUAÇU.


A lenda das Cataratas diz que os índios caigangues, que

habitavam às margens do rio Iguaçu acreditavam que o mundo

era governado por Mboi, um deus que tinha a forma de uma

serpente e era filho de Tupã. O cacique desta tribo chamado

Igobi, tinha uma filha, Naipi, tão bonita que as águas do rio

paravam quando a jovem nelas se mirava. Devido a sua beleza,

Naipi seria consagrada ao deus Mboi passando a viver somente

para seu culto.

Havia porém, entre os caigangues um jovem guerreiro

chamado Tarobá, que ao ver Naipi por ela se apaixonara.

No dia em que foi anunciada a festa de consagração da bela

índia, enquanto o cacique e o pajé bebiam “cauim” (bebida de

milho fermentado) e os guerreiros dançavam, Tarobá fugiu

com a linda Naipi numa canoa que seguiu rio abaixo, arrastada

pela correnteza.

Quando Mboi soube da fuga de Naipi e Tarobá, ficou furioso.

Penetrou então nas entranhas da terra retorcendo seu corpo,

produziu na mesma, uma enorme fenda que formou uma

catarata gigantesca. Envolvidos pelas águas dessa imensa

cachoeira, a piroga e os fugitivos caíram de grande altura,

desaparecendo para sempre.

Diz à lenda que Naipi foi transformada em uma das rochas

centrais das Cataratas, perpetuamente fustigada pelas águas

revoltas e, Tarobá foi convertido em uma palmeira situada à

beira do abismo e inclinada sobre a garganta do rio. Debaixo

dessa palmeira acha-se a entrada de uma gruta onde o monstro

vingativo vigia eternamente as duas vítimas.

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Alí reside a beleza
que o homem não destruíu,
da montanha a correnteza
em cachoeira se abriu .

- Manoel Gomes de Medeiros Dantas -
(1867 - 1924) Caicó - RN

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

RITOS DE PASSAGEM.

Ritos de passagem são cerimônias que marcam o momento em que uma pessoa (ou grupo) passa de uma situação social para a outra.
Todas as sociedades têm esses ritos: cerimônias para marcar mudança de estações, o casamento, a formatura, os funerais, e por aí vai.
Assim acontece nas tribos indígenas, cada grupo tem seus próprios ritos de passagem.
Na tribo Tupinambá, quando um bebê do sexo masculino nascia, o pai cortava o cordão umbilical com os dentes, banhava a criança no rio e achatava seu nariz com o polegar. Depois, colocava o bebê em uma pequena rede protegido com unhas de onça e um pequeno arco e flecha, para que ao crescer, se tornasse um valente guerreiro.
O pai, durante três dias, só comia farinha, e não trabalhava até que o umbigo do filho caísse. Quando isso acontecia, ele o partia em pedacinhos e os pregava nos pilares da oca, para que o filho se tornasse um bom chefe de família.
Somente após essas práticas todas realizadas é que a aldeia festejava.

Desconheço a autoria das fotos postadas acima.

domingo, 6 de dezembro de 2009

O RITUAL DA MOÇA NOVA

A puberdade é considerada, em algumas tribos, um período muito perigoso, onde os jovens, se não forem bem orientados, podem ser influenciados por espíritos maléficos.
O ritual da moça nova tem a finalidade de iniciar a menina-moça à vida adulta: a partir da primeira menstruação, toda a menina é conduzida para um local reservado, construído para este fim com esteiras ou cortinados, onde permanecerá, como se estivesse em um casulo, durante três meses.

Longe dos olhos do mundo e em total silêncio, a menina-moça estabelecerá contato apenas com a mãe e com a tia paterna durante esse período e deverá dedicar-se ao aprendizado dos afazeres femininos, como a fiação do algodão e o preparo de cestas, redes e esteiras.
O "casulo" é uma referência à borboleta em crisálida. A jovem, como a borboleta, quando sair de sua reclusão após três meses, será reintegrada na comunidade como "moça-nova", ou seja, uma mulher adulta. A indiazinha sai da clausura com a sua pela clara devido a falta de sua exposição aos raios do Sol, e ao término da festa ritualística, que conta com presença de todos os integrantes da tribo, a moça estará apta para casar e tornar-se um membro ativo da comunidade,

Este ritual de passagem é realizado anualmente, e os preparativos para a grandiosa festa demora vários dias. Prepara-se trombetas, tambores, várias máscaras que representam os animais, tais como macacos, onças e veados, colares de penas coloridas e sementes, e outros enfeites para a menina-virgem.
A mandioca, o peixe e o "Pajauarú" (bebida derivada da fermentação da mandioca) são preparados com antecedência.
 
 
Desconheço a autoria das fotos postadas acima.

sábado, 5 de dezembro de 2009

O BOITATÁ.

Imagine uma enorme serpente com olhos brilhantes e
vermelhos e que solta fogo pela boca...dá medo só de
pensar!
Esta é a representação do Boitatá.
O Boitatá é uma lenda indígena e, em Tupi, "Tatá"

significa fogo.
Este mito brasileiro é também conhecido como Batatão, Baitatá Batatal ou

Bitatá.
Dizem que é o mais perigoso dos habitantes lendários da floresta.
O Boitatá ataca animais e homens, mas devora somente os olhos de suas

vítimas e é por isso que seu olhar está sempre iluminado.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O EMBONDEIRO.


Não podemos falar de África sem passar por esta árvore tão sagrada para eles: o embondeiro.
O embondeiro faz parte do imaginário coletivo dos nossos irmãos africanos e, em algumas regiões, é considerado o intermediário entre Deus e os homens e venerado como representação de entidades sobrenaturais, sendo amarrado em seus ramos fitas, adereços e ex-votos.
Uma das lendas africanas conta que o embondeiro, por ter inveja das outras árvores, foi castigado pelos deuses, e posto de cabeça para baixo: a copa foi enterrada e as raízes ficaram para cima. Quando se vê um embondeiro fossilizado, compreendemos com facilidade a origem da lenda.
Ainda para mais porque as suas flores, que só aparecem uma vez por ano, têm um cheiro péssimo, como se tivessem saído do interior da terra...
Até o Principezinho de Saint-Exupéry andava extremamente preocupado com os embondeiros:

“ (...) no planeta do principezinho havia sementes terríveis... eram sementes de embondeiro. O solo do planeta estava infestado delas. E se se der conta de algum embondeiro só demasiado tarde, nunca mais ninguém se vê livre dele. Invade o planeta todo.”
Dizem que ela pode viver milhares de anos

Segundo uma lenda árabe, «o Diabo desenterrou o embondeiro, enfiou os ramos na Terra e deixou as raízes no ar».
E assim vai o mundo... de raízes para o ar!!!

"(...) é verdade mãe aquela árvore é capaz de grandes tristezas. Os mais velhos dizem que o embondeiro, em desespero, se suicida por via das chamas. Sem ninguém pôr fogo. (...)"

(Mia Couto)

"É enorme.E o largo tronco desproporcionado assenta em raízes grossas que se afundam poderosamente sugando o que será depois folhagem pequena e frutos para usar no caril.Quando se passa parece que se evola do vegetal gigante uma aura tranquila e protectora.Como se nos visse e nos cedesse um mínimo da sua alma de tempo.Os nativos consideram os embondeiros árvores sagradas. Acontece verem-se presos aos troncos rectângulos de pano branco e logo abaixo no chão uma tigela com oferendas - em lembrança de alguém.Não se cortam ramos de embondeiro para a fogueira. Apenas os frutos são colhidos porque no alimento haverá comunhão com a árvore."

( GLÓRIA DE SANT'ANNA)

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O GRIOT.


O “griot” em tradições orais de vários povos africanos é um dos símbolos representativos de todos os narradores, dos que contam contos, cantam décimas, sábios, avós, mães e todos os demais personagens cênicos ou não, que, em muitas sociedades, são depositários de histórias, de testemunhos ou de tradições que ele conta.
Um Griot ou Jali é um poeta da região da Àfrica Central, um cantor espiritual, músico errante, considerado um repositor da tradição oral. Embora  saiba de cor muitas canções tradicionais, ele possui também a habilidade de "extemporizar" sobre eventos atuais, acasos, incidentes, mortes, cenas do cotidiano.
Seu talento pode ser devastador e seu conhecimento da história local, formidável. Embora eles sejam popularmente conhecidos como “cantores espirituais”, os griots podem também usar sua especialidade vocal para mexericos, sátira e comentários políticos.
Este antigo Baobá na reserva de Bandia, Sene- gal, forma um mausoléu vivo para os remanescentes Griots locais.

Em homenagem aos meus irmãos, trago um conto africano escrito por Rogério Andrade Barbosa.
Com vocês, “O CAÇOLO E A ABELHA”.

Saudações Florestais !

"A criançada havia passado o dia se lambuzando com o mel retirado do esconderijo da abelha num oco de uma centena de árvores do outro lado do rio, graças aos gritos aflitos e o bater de asas do pássaro chamado caçolo.

-Por que o caçolo faz um barulho danado quando encontra uma colméia, vovô? – perguntou Malafi.

- O caçolo é um passarinho muito esperto, disse o avô. Prestem atenção que vocês já vão saber porque ele age assim:

O caçolo e a abelha eram grandes amigos. Certo dia, o filho da abelha adoeceu gravemente e ela foi pedir ajuda a um quimbanda, que era o maior curandeiro daquelas redondezas. O quimbanda, depois de consultar os seus ossinhos mágicos, disse que a abelhinha só ficaria boa se ele preparasse um remédio para ela com uma pena do caçolo. A abelha pagou a consulta dando uma galinha ao quimbanda e em seguida, foi explicar o seu problema ao caçolo.

- Meu amigo, preciso de uma de suas penas para salvar a vida de meu filho.

- Pois não, disse o caçolo arrancando do corpo uma pena, atendendo-a prontamente.

Tempos depois, foi o filhote do caçolo que ficou doente e ele teve que consultar o mesmo quimbanda. O curandeiro falou que o filho dele só melhoraria se ele fizesse o remédio com uma asinha da abelha. O caçolo deu ao quimbanda um pote com vinho de palmeira, como pagamento e foi logo para casa da abelha, certa de que esta iria retribuir a ajuda anterior.

- Abelha amiga, hoje sou eu que necessito de sua ajuda. Para salvar o meu filhote, preciso de uma de suas asinhas.

- Sinto muito, – respondeu a abelha ingrata – não posso ficar sem uma de minhas asinhas. Vai falar com outra abelha.

O caçolo, desesperado, procurou socorro inutilmente em todas as colméias e desde então, por vingança, ele indica as pessoas os locais onde as abelhas guardam seu mel".

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

DANÇANDO O TORÉ.

O TORÉ é uma manifestação sociocultural comum a vários grupos indígenas das regiões

Norte e Nordeste do Brasil.
É dançado ao ar livre por homens e mulheres que, aos pares, formam um grande

círculo que gira em torno do centro. Cada par, ao acompanhar os movimentos,

gira em torno de si próprio, pisando fortemente o solo, marcando o ritmo da

dança, acompanhado por maracás, gaitas, totens e amuletos e pelo coro de

vozes dos dançarinos, que declamam versos de difícil compreensão, puxados pelo

guia do grupo, no idioma da tribo.
É um ritual que expressa contentamento, sobre diferentes aspectos como: festas

religiosas, louvação aos encantados, recepção a personalidades ilustres,

confraternização, casamentos, batizados e outros. É uma forma de manter viva

não apenas a cultura, a magia e a mística da tribo, mas também da conquista 


do seu espaço e a preservação de seus costumes e de sua identidade diante de

muitas lutas durante toda a história do Brasil.


Desconheço a origem das fotos postadas acima.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A LENDA DA LUA.


No início de todas as coisas, Tupã criou o infinito cheio de beleza e perfeição.
Povoou de seres luminosos o vasto céu e as alturas celestes, onde está seu reino.

Criou então, a formosa deusa Jaci - a Lua - para ser a Rainha da Noite e trazer

suavidade e encanto para a vida dos homens.

Mais tarde, ele mesmo sucumbe ao seu feitiço e a toma como esposa.

Jaci é irmã de Iara, a deusa dos lagos serenos.