domingo, 30 de setembro de 2007

Indios Pataxós do sul da Bahia visitam Petrópolis.
















Chauwã( que significa pássaro), Arassari ( que significa pássaro) e Arauê (guerreiro) estiveram nos estúdios da Supernova FM para divulgar sua cultura. Uma profissional de shiatsu e moradora de Itaipava há 25 anos chamada Fátima Regina os conheceu no PAN e resolveu trazê-los afim de divulgar sua cultura nos colégios da Rede Municipal de ensino aqui da região.
Para maiores informações, acesse : http://coracaooeespritoindigena.blogspot.com/
Uma porta aberta para o mundo apoiar um movimento de dignidade em favor do Povo da Terra.
"Se acharmos que o nosso objetivo aqui em nossa rápida passagem pela terra, é acumular riquezas, então não temos nada a aprender com os índios. Mas se acreditarmos que o ideal é o equilíbrio do homem dentro da sua familia, da sua própria comunidade, então os índios têm lições extraordinárias para nos dar."
- Orlando Villas Boas -

domingo, 16 de setembro de 2007

Quintaneando com Quintana.


O TEMPO
Com o tempo, você vai percebendo que
para ser feliz com uma outra pessoa:
Você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.
Percebe também que aquela pessoa que você ama
(ou acha que ama) e que não quer nada com você,
definitivamente, não é a pessoa da sua vida.
Você aprende a gostar de você,
a cuidar de você e, principalmente,
a gostar de quem também gosta de você.
O segredo é não correr atrás das borboletas...
é cuidar do jardim para que elas venham até você.
No final das contas,
você vai achar não quem você estava procurando,
mas quem estava procurando por você.

OS DEGRAUS


Não desças os degraus do sonho

para não despertar os monstros

Não subas ao sótão - onde

Os deuses, por trás das suas máscaras,

Ocultam o próprio enigma.

Não desças, não subas, fica.

O mistério está é na tua vida!

E é um sonho louco este nosso mundo...




sábado, 15 de setembro de 2007

Eu estou com tudo e não estou prosa. Olha só que trabalho espetacular: a poeta Josenir Lacerda mandou foi muito bem.


O LINGUAJAR CEARENSE

AUTORA: JOSENIR A DE LACERDA
CADEIRA Nº 3 DA ACADEMIA DOS CORDELISTAS DO CRATO-CE

Todo poeta de fato
É grande observador
Seja da rua ou do mato
Seja leigo ou professor
Faz verdadeira pesquisa
Vasto estudo realiza
Buscando essência e teor

Por esse nato talento
Na hora de versejar
Busca o tema e o momento
Visa o leitor agradar
Não sente conformação
Se não passa a emoção
Que dentro do peito está

Neste cordel-dicionário
Eu pretendo registrar
O rico vocabulário
Da criação popular
No Ceará garimpei
Juntei tudo, compilei
Ao leitor quero ofertar

Se alguém é desligado
É chamado de bocó
Broco, lerdo e abestado
Azuado ou brocoió
Arigó e Zé Mané
Sonso, atruado, bilé
Pomba lesa e zuruó

Artigo novo é zerado
Armadilha é arapuca
O doido é abirobado
Invencionice é infuca
O matuto é mucureba
Qualquer ferida é pereba
Mosquito grande é mutuca

Quem muito agarra, abufela
Briga pequena é arenga
Enganação, esparrela
Toda prostituta é quenga
Rapapé é confusão
De repente é supetão
Insistência é lenga-lenga

Qualquer tramóia é motim
Solteira idosa é titia
Mosquitinho é mucuim
Recipiente é vasia
Meia garrafa é meiota
O exibido é fiota
Travessura é istripulia

Bebeu muito é deodato
Brisa leve é cruviana
O sujeito otário é pato
Cigarro curto é bagana
Fugir é capar o gato
O engraçado é gaiato
Quem vai preso tá em cana

Ter mesmo nome é xarapa
Muito junto é encangado
Água com açúcar é garapa
Cor vermelha é encarnado
Muita coisa dá mêimundo
Sendo Mundim é Raimundo
Valentão é arrochado

A rede velha é fianga
Com raiva é apurrinhado
Careta feia é munganga
Baitinga é o mesmo viado
O bom é só o pitéu
Bajulador, xeleléu
Sem jeito é malamanhado

Bater fofo é não cumprir
Etecetera é escambau
Sujar muito é encardir
Quem acusa, cai de pau
Confusão é funaré
Carta coringa é melé
Atacar é só de mau

Qualquer botão é biloto
Mulher difícil é banqueira
Pequenino é pirritoto
Estilingue é baladeira
Qualquer coisa é birimbelo
Descorado é amarelo
Sem requinte é labrocheira

Um perigo é boca quente
Porco novo é bacurim
Atrevido é saliente
Quem não presta é croja ruim
Dedo duro é cabruêta
A perna torta é zambêta
Coisinha pouca é tiquim

Parteira era cachimbeira
Dar mergulho é tibungar
Tem cucuruto, moleira
Olhar demais é cubar
Tem ainda ternontonte
Que vem antes do antonte
Ver de soslaio é brechar

Quem briga bota boneco
Sem valor é fulerage
Copo pequeno é caneco
Estrada boa é rodage
O tristonho é capiongo
Galo ou inchaço é mondrongo
E a ralé é catrevage

O velho ovo estrelado
É o bife do oião
Nervoso é atubibado
Repreender é carão
O zarôlho é caraôi
Enviezado, zanôi
Inquieto é frivião

A perna fina é cambito
Dar o fora é azular
Muito magrelo é sibito
Pisar manco é caxingar
Rêde pequena é tipóia
Tudo bem é tudo jóia
Fazer troça é caçoar

A expressão 'dá relato'
Que atinge mais de légua
'Tá ca peste!' 'Só no Crato!'
'Tá lascado!' e 'Aarre égua!'
'Corra dentro!' ' Qué cirmá? '
'É de rosca? 'Éé de lascar! '
'Vôte!' 'Ôxente! 'Isso é paid´égua!'

Se é muito longe, arrenego
Que Deus do céu nos acuda
É pra lá da caixa prego
Lá no calcanhar do juda
Nas bimboca ou cafundó
Nas brenha ou caixa bozó
Onde o vento a rota muda

Se é cheia de babilaque
É ispilicute ou dondoca
Ligeiro é 'que nem um traque'
Agachado é tá de coca
Sem rumo é desembestado
O faminto é esguerado
Bolha na pele é papoca

Chamuscado é sapecado
Nuca, cangote é cachaço
Meio tonto é calibrado
A coluna é espinhaço
Se está adoentado
Tá como diz o ditado:
'da pucumã pro bagaço'

Cearense tem mania
Chama todo mundo Zé
Zé da onça, Zé de tia
Zé ôin ou Zé Mané
Zé tatá ou Zé de Dida
Achando pouco apelida
Um bocado de Zezé

Fazer goga é gaiofar
O que é longo é cumprissaio
Provocar é impinjar
Toda pilôra é desmaio
Salto ligeiro é pinote
Bando, turma é um magote
Cesto sem alça é balaio

A comidinha caseira
Tem fama no Ceará
Tipicamente brasileira
Faz o caboco babar
No bar do Mané bofão
Pau do guarda, panelão
O cardápio vou citar:

Sarrabulho, panelada
Mucunzá e chambari
Tripa de porco, buchada
Baião de dois com piqui
Tem pão de milho e pirão
Carne de sol com feijão
Tijolo de buriti

Quem é ruivo é fogoió
O tristonho é distrenado
Tornozelo é mocotó
Cheio de grana, estribado
Jarra de barro é quartinha
O banheiro é a casinha
Sem saída, 'tá pebado'

A bebida e o seu rol
No Ceará todo habita
A fubuia e o merol
A truaca e a birita
Amansa sogra ou quentinha
Engasga gato, caninha
A meropéia e a mardita

O picolé no saquinho
Aqui se chama dindin
Se é o dedo menorzinho
É chamado de mindin
Riso sonoro é gaitada
Confusão é presepada
Atrevido é saidin

Papo longo e sem valor
É 'miolo de pote'
Muito esperto é vivedor
Adolescente é frangote
Soldado raso é samango
A lagartixa é calango
O tabefe é cocorote

A lista é quase sem fim
Não cabe num só cordel
Tem alpercata, alfinim
Enrabichada e berel
Chué, baé, avexado
Bãe de cúia, ôi bribado
Quebra-queixo e carritel

Tem visage, sarará
Tem bruguelo e inxirido
Rabiçaca e aluá
Ispritado e zói cumprido
Bunda canastra, lundu
Dona encrenca, sabacu
Bonequeiro e maluvido

O caerense é assim:
Dá cotoco à nostalgia
A tristeza leva fim
Na cacunda da euforia
dá de arrudei na carência
Enrola a sobrevivência
e embirra na alegria.
Josenir lacerda tem 54 anos é natural de Crato, Ceará.Admiradora e entusiasta da poesia do folclore e da cultura regional,também trabalha com artesanato.Possui vários trabalhos publicados na região do Cariri, em Fortaleza e em outras regiões do país. Participou de várias antologias poéticas.É membro da Academia de Cordelistas do Crato. Tem vários cordéis publicados, destacando-se "O linguajar cearense", ilustrado por Audifax Rios.Escreve em vários estilos:poesia, conto,crônica e cordel.É funcionária aposentada . Quer mais o que?

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Já o poeta Wellignton Vicente, lá de Porto Velho, mandou a seguinte resposta.


SÓ SE ESQUECE UM VELHO AMOR
QUANDO UM NOVO É ENCONTRADO.

À amiga Silvana Nunes:
A vida é roda gigante
Pois a cada rotação
O que chamava atenção
Não é mais interessante
Seguimos daí por diante
Com novo plano traçado
O que ficou no passado
Acaba perdendo a cor
Só se esquece um velho amor
Quando um novo é encontrado.

Nas várias fases da vida
Vão surgindo mutações
E nossas opiniões
Seguem na mesma avenida
Uma pessoa querida
Que viveu ao nosso lado
Tem o "link" deletado
Do nosso computador
Só se esquece um velho amor
Quando um novo é encontrado.
Somos meros jogadores
Dos gramados de Cupido
Que sempre que tem agido
Provoca risos e dores
Por isso, competidores!
Leiam as regras com cuidado
O torneio está lançado
Prestem atenção, por favor!
Só se esquece um velho amor
Quando um novo é encontrado.
Autor: Wellington Vicente
Porto Velho, 13/09/2007
Valeu, amigo. Você é DEZ!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Este é o Abel lá de Caiacó, que diz:


Eu sou um idealista
que essa idéia carrega
mulher a gente não pega
mulher a gente conquista.
E é bom que se invista
com um culpido verdadeiro
não cabe, dólar, real, cruzeiro
ou outra moeda qualquer
o amor de uma mulher
não se troca por dinheiro.

Mulher um ser diferente
que da ternura é a dona
seu carinho me apaixona
seu beijo embriada a gente.
Sagaz, culta inteligente
de rosas é seu terreiro
de flor ela tem o cheiro
e do homem tem o quer
que o amor de mulher
não se troca por dinheiro.

Olhar de mulher encanta
voz de mulher é tarapia
a mulher da terra um dia
em outro no céu é santa.
Resistir não adianta
ela conquista guerreiro
lampião foi cangaceiro
e uma mudou seu mister
que o amor de mulher
não se compra com dinheiro.

Se tem a prostituição
mas não as vais conquistar
seu corpo pode comprar
mas não compra o coração.
Se ela em uma ocasião
sai com alguém, é ligeiro
porque existe o companheiro
que ela ama e quer
que o amor de mulher
não se compra com dinheiro.

Hum.. isso está me cheirando a conversê para boi dormir.
Como vocês podem ver, este é outro poeta - o Abel, lá de Caiacó, RN - cantando a mulher.
Só que até agora ninguém respondeu a pergunta que não quer se calar:
-Ele trocaria o amor de uma mulher por o amor de outra mulher?
Acho que deixei esses poetas meio que sem saída (rs).

Tá certo ou não tá?




Mote: O amor de uma mulher / Não se troca por dinheiro.
Hugo Araujo 08/09/2007

Se o amor lhe bate a porta
Va abrindo o coração
É nesta situação
Que você é premiado
Começando a ser tratado
Como se fosse o primeiro
E se for o derradeiro
Faça tudo que ela quer
O amor de uma mulher
Não se troca por dinheiro.

O amor é coisa pura
Que deve ser preservado
Permanecer exaltado
Nunca deixar desabar
O homem que sabe amar
Ama quase o dia inteiro
Na sala, no quarto, no terreiro
Seja em lugar qualquer
O amor de uma mulher
Não se troca por dinheiro.




Esse é Hugo Araujo, um matuto pernambucano, nascido há muito tempo na cidade de Sertania.Gosta muito de música e poesias e, nas horas vagas, escreve umas e outras trovas.Médico cirurgião há 33 anos, alimenta o sonho de um dia poder publicar um pequeno livro de poesias.
Então, fala sério! O poeta está certo em não trocar o amor de uma mulher por dinheiro. E se fosse por outra mulher?

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Muito interessante.




Estava indo para Itaipava a procura de notícias quando dei com estas imagens. Tive que fotografar


Show de bola!

domingo, 2 de setembro de 2007

Uma breve história sobre Petrópolis.







A história de Petrópolis começa há mais de 150 anos, quando servia de passagem entre o Rio de Janeiro e as Minas Gerais. Quem passa por Corrêas, um bairro dentro de Petrópolis, não sabe a importância daquele local na história dessa região. Foi em Corrêas que o Padre Antônio Tomás de Aquino da Silva Goulão, dono da fazenda do Rio Morto, conhecida como a fazenda do Padre Corrêa, recebeu os mais ilustres viajantes do século , ficando famoso pela arte de bem receber. Com a capacidade de um bom administrador, Padre Corrêa transformou suas terras na mais próspera fazenda do Caminho Novo de Minas Gerais.O intenso comércio com a corte, no Rio de Janeiro, lhe assegurava a manutenção da fazenda.



Em 1822 o Príncipe Regente viajando em direção à Vila Rica nas Minas Gerais afim de buscar apoio político ao movimento que se iniciava, hospedou-se na fazenda do Padre Corrêa, 6 meses antes de proclamar a Independência. Gostou tanto da região que, depois de proclamado Imperador, durante 8 anos subiu a serra com a família para gozar dos bons ares e da beleza do local, seguindo conselho dos médicos da corte, que receitavam o clima serrano como remédio para a sua filha, a Princesinha Paula, portadora de um mal desconhecido.



Querendo comprar a propriedade da irmã e herdeira do Padre Corrêa, o Imperador ouviu a sua recusa em vendê-la, mas recebeu a indicação da fazenda vizinha, a fazenda do Córrego Seco, atual região de Petrópolis, adquirida por ele em 1830.



Com a compra da fazenda vizinha e, consequente paralisação do uso da sede da propriedade como hospedagem, a região deixou de se desenvolver.



Essas fotos foram tiradas do lado de fora da fazenda do Padre Corrêa, hoje Colégio Padre Corrêa, localizado na Rua Alvares de Azevedo, em Corrêas.