terça-feira, 29 de março de 2011

COMO OSSAIM RECEBEU DE ORUNMILÁ O NOME DAS PLANTAS.


Ifá foi consultado por Orunmilá que estava partindo da terra para o céu e que estava indo apanhar todas as folhas. Quando Orunmilá chegou ao céu Olódùmaré disse, eis todas as folhas que queria pegar o que fará com elas ? Òrùnmílá respondeu que iria usá-las para beneficio dos seres humanos da Terra. 
Todas as folhas que Òrunmílá estava pegando, Orunmilá carregaria para a Terra. Quando chegou à pedra Àgbàsaláààrin ayé lòrun (pedra que se encontra no meio do caminho entre o céu e a terra) então Orunmilá encontrou Ossãe e perguntou:
— Ossain onde vai?
Ossain disse:
— "Vou ao céu, vou buscar folhas e remédios".
Orunmilá disse que já havia ido buscar folhas no céu para benefício dos seres humanos da terra. Disse, olhe todas essas folhas, Ossain pode apenas arrebatar todas as folhas. Ele poderia fazer remédios (feitiços) com elas porém não conhecia seus nomes. 
Foi Orunmilá quem deu nome a todas as folhas. Assim Orunmilá nomeou todas as folhas naquele dia. Ele disse, você Ossain carregue todas as folhas para a terra, volte, e iremos para terra juntos. Foi assim que Orunmilá entregou todas as folhas para Ossain naquele dia. Foi ele quem ensinou a Ossain o nome das folhas apanhadas.
Olodumaré deu a Ossain todo o poder das folhas, o qual ele guardava em uma cabaça pendurada em um galho de árvore. 
Um dia Xangô se queixou a sua mulher Oyá , deusa dos ventos, que só Ossain conhecia o segredo de cada uma das folhas e que os demais Orixás estavam no mundo sem possuir nenhuma planta. Oyá levantou sua saia e agitou-a, um vento violento começou a soprar e derrubou a cabaça de Ossain no chão quebrando-a. 
Ossain, ao perceber o que aconteceu, gritou – Ewéo! (Oh! As folhas! As Folhas!), mas não pôde impedir que os demais Orixás pegassem as folhas e as dividisse entre eles, mas os Orixás não tinham o conhecimento das ervas e até hoje precisam de Ossain para usá-las em seus rituais, ficando seu segredo a salvo.

(Fonte: Nações e Cultura da cor)

sexta-feira, 25 de março de 2011

A SERPENTE DE OLUMO (origem: Angola)

Um jovem, chamado Ayobami, vivia feliz na sua aldeia até ao momento em que, tendo atingido a idade adequada, decidiu, com o consentimento dos pais, arranjar mulher e casar, tudo conforme os preceitos da tribo Omoro.
Ayobami tinha duas amigas que já conhecia há muito tempo e com as quais passara toda a sua infância: a mais nova chamava-se Olu, a outra Yemesi. Ayobami queria absolutamente casar-se com uma das duas, mas não sabia qual delas escolher. Eram muito diferentes uma da outra, mas igualmente belas.
Pelo seu lado, as duas jovens amavam Ayobami. O homem era bom trabalhador e excelente caçador; possuía o sentido da justiça, sendo respeitado em toda a aldeia e bastante conhecido nos arredores. Ayobami era rico e bem constituído, teria podido muito bem casar com as duas raparigas ao mesmo tempo; mas a tradição não o permitia. Não conseguindo decidir-se, viam-no ficar longas horas sentado diante da sua cabana, a examinar as vantagens que teria em se casar com uma ou com outra. Quando julgava ter decidido e se levantava para ir anunciar a boa nova a seus pais, pensava imediatamente nas qualidades da outra e voltava a hesitar.
As duas jovens, por seu lado, rivalizavam em gentileza e em beleza, não estando nenhuma delas disposta a ceder o seu lugar à outra. A última palavra cabia, pois, a Ayobami. Precisava saber, a todo o custo, qual das raparigas o amava mais.
Uma tarde, enquanto as duas raparigas estavam sentadas ao pé de Ayobami, estando este a refletir nesse problema, uma serpente transparente saiu da floresta de Olumo, uma das colinas da região de Abeokuta. Tinha à cabeça três enfeites, e todo o seu corpo, extremamente comprido, fumegava ligeiramente ao deslizar em silêncio por entre as ervas. Quando chegou perto da fogueira, ergueu-se sobre a cauda e dançou por instantes, enquanto as chamas brilhavam nos seus olhos vermelhos. Todos estes sinais lhe davam uma aparência mágica, e toda a gente reconheceu assim nela uma serpente enfeitiçada e sagrada.
Ayobami, que estava de costas para a serpente, não a viu chegar, e quando as duas raparigas finalmente a avistaram, já era demasido tarde. Gritaram ao mesmo tempo quando a serpente mordeu Ayobami na coxa, antes de desaparecer na noite. Ela cumprira assim a missão que os deuses lhe tinham confiado.
Em breve, Ayobami foi obrigado a ir-se deitar no interior da sua cabana. As duas jovens
despertaram então toda a aldeia. Foram procurar o curandeiro que, reconhecendo nisso um sinal dos deuses, não quis intervir.
As velhas mandaram, então, ferver imediatamente umas ervas e uns pós, que puseram na ferida, mas sem sucesso. Tudo foi tentado para salvar a vida de Ayobami; contudo, umas horas depois, este acabou por morrer, sem sequer ter voltado a abrir os olhos e, sobretudo, sem ter chegado a dizer qual das duas jovens preferia.
Ambas se puseram então a chorar a morte do seu amigo. De manhã, Olu, a mais nova, levantou-se e proferiu as seguintes palavras:
-Sem a existência de Ayobami, a minha vida já não tem sentido. Quando o fogo morre, o fumo desaparece com ele. Não posso viver sem a sua presença. Assim, vou hoje juntar-me a ele na morte.
E, antes que alguém a tivesse podido impedir, pôs-se a correr através do mato. Encontrou a pista da serpente enfeitiçada, foi ter com ela e, por seu turno, fez com que ela a mordesse. Olu tombou por terra, caindo entre as ervas, e morreu pouco depois, julgando estar aí todo o preço do seu amor.
Yemesi não sabia o que fazer. Refletiu alguns instantes e, depois, de súbito, decidiu-se. Entrou na cabana de seu pai, pegou na grande catana pendurada numa das paredes, e seguiu igualmente a pista da serpente. Quando a apanhou, e no momento em que erguia a arma para lhe cortar a cabeça, a serpente ergueu-se à sua frente e disse-lhe:
-Yemesi, não me mates! Se me deixares viver, vou ajudar-te a salvar Ayobami.
A jovem aceitou e a serpente deu-lhe, então, dois saquinhos, um contendo um pó negro e outro um pó branco.
-Pega nestes dois sacos e pôe-te em cima do cadáver de Ayobami. Fecha os olhos e lança o pó negro para muito longe, na direção do sol nascente, e o pó branco também para muito longe, na direção do sol poente.
Yemesi seguiu os conselhos da serpente e, de imediato, Ayobami e Olu foram misteriosamente ressuscitados.
Ayobami não hesitou mais e escolheu aquela que devia ser a sua esposa para toda a vida.

(Fonte: Nações e a cultura da cor)

domingo, 20 de março de 2011

MAHURA - A MOÇA TRABALHADEIRA.


Origem: Moçambique

Quando Olorum criou o universo, o céu e a terra viviam juntos e em perfeita harmonia: as gotas de chuva se juntavam às águas das cachoeiras, o vento e a brisa eram companheiros inseparáveis e propiciavam um belo espetáculo formando mosaicos de folhas secas e gravetos, os homens compartilhavam a vida e não havia distinção de credo e cor, pois todos faziam parte de uma única raça: a humana.

Um dia, a terra achou que havia chegado a hora de ter um filho e deu à luz uma bela jovem na aldeia Okulo a quem deu o nome de Mahura, que significa moça trabalhadeira.

Mahura cresceu depressa e logo desenvolveu suas aptidões: trabalhava incansavelmente e com muita disciplina. Durante o dia, cuidava dos ciclos da natureza e, quando o sol se punha, sentava-se ao chão perto de um enorme pilão que usava para triturar raízes, sementes e cascas que serviriam para fazer a tintura colorida que tingia a palha e o algodão que vestia a sua tribo.  Só que o pilão que Mahura usava era mágico e, quanto mais usado, mais crescia e, como a jovem era alimentada pelo trabalho, mais vigor empreendia na sua labuta.

Tanto o pilão cresceu que começou a machucar o céu que no início gemia baixinho; mas, não conseguindo suportar as dores causadas pela mão-de-pilão de Mahura, passou a reclamar.

- Céu, sobe mais um pouquinho! - pedia a moça.

Com isso, o céu foi se distanciando, distanciando, se tornando cada vez mais inacessível até chegar a ponto das nuvens não poderem mais brincar livremente e as gotas de chuva não conseguirem mais manter o solo úmido e fértil que foi ficando fraco e pobre. As frutas não mais brotavam nas árvores como flores em buquê e a tristeza tomou conta de tudo.

Também Mahura ficou infeliz e resolveu pedir desculpas ao céu que estava tão inatingível e não ouviu suas lamúrias. Então, a jovem resolveu ofertar um presente, retirou uma pepita dourada do leito de um rio dando-lhe o nome de Sol e, de uma caverna escura, retirou uma pedra redonda e reluzente à qual batizou de lua.

Atirou os presentes bem para o alto, um de cada lado do céu como um pedido de desculpas que aceitou as oferendas, mas preferiu ficar lá em cima, pois era mais seguro.

Assim contaram, assim lhes contei: se dúvida tiverem do causo aqui narrado, olhem à noite para o céu. As estrelas que virão brilhando nada mais são do que as cicatrizes deixadas pelo pilão de Mahura.

Fonte: Nações e cultura da cor

sábado, 19 de março de 2011

DIA DE SÃO JOSÉ.

Chuva no dia de São José é sinal de fartura, acreditam os agricultores.
Para os produtores nordestinos, a tradição para uma colheita farta é levada a sério: os pedidos e cantorias para o santo começam logo cedo.

Meu divino São José,
Aqui estou a vossos pés.
Dá-nos chuva com abundância,
Meu divino São José.
"O sertão é uma espera enorme",
Dá-nos chuva com abundância,
Meu divino São José.
 
Hoje é dia de São José, o santo a quem os nordestinos recorrem para pedir chuva.
Na cidade de São José do Campestre, localizada no estado brasileiro do Rio Grande do Norte, reza a lenda que se neste dia chover, a festa seguinte - a de São João -, a população local será abençoada com uma farta colheita de milho.
E como São José não é de decepcionar ninguém, depois de muitas rezas e pedidos, o santo mandou a chuva tão esperada pela população.
É sinal de que vamos ter uma festança em junho.
Oba !
A popularidade do santo é tão grande, que no Maranhão (outro estado brasileiro), uma cidade deu até sobrenome para o santo: São José de Ribamar
Contam os historiadores que há 400 anos, os índios revoltados com a colonização entraram na igreja e roubaram as imagens. O grupo entrou no mar, veio uma tempestade muito forte e a canoa acabou virando. 
Todos afundaram, mas as imagens começaram a boiar. 
Por isso o nome "Ribamar" ( riba= em cima).
O santo tão é adorado no estado, que dez por cento do eleitorado maranhense tem o nome dele. Dos 130 mil habitantes de São José de Ribamar, 7 mil assinantes da lista telefônica têm José na nomenclatura. 
De cada dez meninos que nascem lá,
três ou quatro recebem o nome de José Ribamar

Verdade !
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Para quem gosta de simpatias, existe a da fruta. 
É assim:

Escreva em  quadradinhos de papel os nomes de todas as frutas que lembrar. Dobre e coloque-os em um potinho. Faça a oração para São José, logo em seguida um pedido e sorteie um papel. 
Para que o pedido seja atendido, você deve ficar um ano sem comer a fruta sorteada. 
Se for justo e merecedor, o pedido será realizado durante o correr do ano.





ORAÇÃO A SÃO JOSÉ


Ó glorioso São José, a quem foi dado o poder de 
Tornar possível as coisas humanamente 
Impossíveis, vinde em nosso auxílio nas 
Dificuldades em que nos achamos. 
Tomai sob vossa proteção a causa importante que vos 
Confiamos, para que tenha uma solução favorável. 
Ó pai muito amado, em vós depositamos toda a 
Nossa confiança. Que ninguém possa jamais dizer 
Que vos invocamos em vão. Já que tudo podeis 
Junto a Jesus e Maria, mostrai-nos que vossa 
Bondade é igual ao vosso poder.


São José, a quem Deus confiou o cuidado da mais 
Santa família que jamais houve, sede, nós vos 
Pedimos, o pai e protetor da nossa, e impetrai-nos 
A graça de vivermos e morrermos no amor de 
Jesus e Maria.


São José, rogai por nós que recorremos a vós !

terça-feira, 15 de março de 2011

AS MÀSCARAS AFRICANAS.


O significado das máscaras é muito difícil de ser compreendido pelos não-africanos, justamente porque nelas residem muitas fantasias, misticismo e magia que exprimem o modo de pensar de muitas sociedades tribais africanas.

Esses significados variam de um grupo étnico para outro, onde uma só máscara pode ter significados variados.

Uma pessoa que não tenha sido iniciada nos rituais secretos das máscaras não conhece o seu significados. Muitas podem ser vistas apenas por aqueles que tenham sido iniciados nesse respectivo conhecimento. Mulheres e crianças são freqüentemente excluídas das cerimônias sagradas onde certas mágicas aparecem. Há até uma crença de que a visão não autorizada de uma cerimônia de consagração de máscaras pode trazer doenças, desgraça e morte para aqueles que violarem as regras ritualísticas.

A máscara simboliza uma transformação mística; quem a veste incorpora o ser que ela representa.

Na região oeste da África, elas têm importantíssima função, por exemplo, nas festas de iniciação, aparições públicas de sociedades secretas, nos rituais de casamento, nascimento, morte e feitiçaria e nas celebrações das colheitas.

Elas podem purificar, proteger ou assombrar, transmitindo mensagens dos espíritos para as pessoas e acompanham os homens na guerra, na caça e nos trabalhos no campo.

A função das máscaras juntamente com os trajes sagrados é fixar a atenção de todos na energia de um espírito.

Fonte: Nações e Cultura da Cor.

sábado, 12 de março de 2011

REGIÃO SERRANA/RJ - O QUE DE CONCRETO FOI FEITO.


Hoje faz 2 meses da tragédia na região serrana do Rio de Janeiro - saldo até o momento: 905 pessoas mortas e 349 desaparecidos. Não é algo agradável de se lembrar, mas precisamos estar atentos a alguns pontos, a saber:
Gostaria de saber como as Prefeituras das localidades afetadas pelas chuvas de janeiro/2011 explicam o sentido geral da população, de que o trabalho de reconstrução caminha a passos de cágado ?
Esse ar de normalidade é ilusório, e os caras vão para a TV com promessas, falando que está tudo bem, quando na verdade não está.
Por que o Ministro da Defesa, Nelson Jobim permitiu que as forças armadas deixassem a região serrana a mercê de tais políticos ?
Quem mora na região afetada e se dá o trabalho de percorrer estas localidades, pensa que a tragédia ocorreu há dois dias, pois os sintomas são muito visíveis: casas cobertas de lama, carros retorcidos para todos os lados, ruas interrompidas,restos de enchente para todos os lados, gente sem moradia e sem ter o que comer pedindo um copo de café, um prato de comida, um agasalho ...
Quanto foi liberado de fato para a região serrana do Rio ? O discurso nos veículos de comunicação é perfeito, mas repito: o que vejo aqui são pessoas perdidas sem seus trabalhos, sem moradia, sem qualquer perspectiva de recomeço.
Outro ponto, sem as licitações (devido ao estado de calamidade pública), as contratações viram o samba do crioulo doido . Será que a verba está sendo administrada com a devida seriedade? 
Eu sei que muitas questões não serão resolvidas, mas o abandono, o já é passado, isso a população não pode deixar acontecer. Temos que cobrar, temos que fiscalizar, ficar atentos as jogatinas partidárias mesmo porque, no final das contas, eles passam e nós ficamos.


Parênteses: Todas as vezes que percorro essas localidades para ver o que efetivamente está sendo feito e o que posso ajudar, me vem em mente Santo Agostinho: "O homem põe, e Deus dispõe".
E o homem ainda acha que está no comando.
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"Prazo para saque de FGTS a vítimas das chuvas no Rio termina na quarta (16/03)", diz a manchete.


Quem será que conseguiu sacar esse tal FGTS? Sim, porque as exigências da Caixa Econômica eram enormes, só posso crer para dificultar a retirada.

Não deu nem tempo dos tais malditos laudos feitos pela Defesa Civil ficarem prontos, já que tudo ainda se encontra de pernas para o ar, e as Prefeitura não tem efetivo suficiente para já ter percorrido toda região e emitido os tais laudos para que a pessoas possam dar entrada e sacar o tal FGTS, o que também não o fazem na hora ( tem que agendar e depois marcar para 5 dias).

Coitado de quem não tem noção de seus direitos.

Entre o discurso e a realidade existe uma grande distância.

Não vou nem levantar a bandeira dos agricultores.

Aliás, estamos todos, moramos da serrana, sendo soterrados junto com os deslizamentos.

Outro ponto, quantos atingidos estão efetivamente recebendo aluguel social ?

O que é viver num abrigo ?
Para mim, viver em um abrigo é um estágio acima de estar em um presídio.
E quando se acaba de cumprir a pena no abrigo ?
Sim, porque em um presídio você tem um data para sair.



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O capitalismo que praticamos aqui no Brasil, reserva um transporte de segunda categoria para os mutilados, idosos, crianças com doenças crônicas, deficientes e estudantes, onde as empresas de ônibus encontram respaldo em uma lei federal aprovada e em vigor. Eu gostaria de saber qual foi o parlamentar autor da lei que proíbe essa população do acesso ao ônibus de ar condicionado (tarifa A), os chamados "frescões".

A demora dos ônibus comuns, deixam essas pessoas horas e horas nos pontos de ônibus, embaixo do sol escaldante do Rio de Janeiro. 
Não é possível que o Governador, o Secretario transporte não tenham a percepção dessa canalhice. Eu não tenho conhecimento de nenhuma empresa que não tenha  enriquecido seu proprietário, ou que  tenha sido devolvida  porque dá prejuízo. Isso me lembra a sociedade que Hitler idealizava ( os fracos deviam ser eliminados). É esse o valor humano que professamos hoje em pleno século XXI ? 
A crueldade é tão grande a ponto de retirarem os convencionais da rua ( que tem a passagem mais barata) em troca dos  com ar condicionado, proibindo assim a entrada das gratuidades.     
O que se desconhece é que o passageiro que se sentir lesado, pode entrar com ação judicial porque os juízes estão dando ganho de causa para esses processos. Só que não é todo mundo tem  dinheiro e tempo para correr atrás de seu prejuízo. 
Imagina a situação de um deficiente ou de  um mutilado, embarcar naqueles quentões abarrotados, com sensação térmica de quase 50 graus em meio a enormes engarrafamentos. Quem fez essa lei e a turma que votou para a sua aprovação, certamente não tem suas mães enquadradas nessa situação.
É preciso entender que a autoridade pública tem que zelar pela população.

Para mim, isso é mais um ato de total desumanidade e absoluta canalhice.



Esse é o nosso Brasil!

quinta-feira, 10 de março de 2011

KERERÊ - A GALINHA PINTADA DA ANGOLA.


Numa certa manhã, vinha de cabeça baixa e muito triste uma Kererê, lamentando-se «tô fraca, tô fraca, tô fraca!».
Resolveu saciar a sede num riacho. Lá deparou-se com uma linda mulher que se banhava e coquete como só ela sabia começou a pintar-se.
Kererê quando viu aquilo admirou-se: era Dandalunda, aquela que dá brilho às jóias e se banha e pinta antes mesmo de cuidar dos filhos...
Dandalunda quando percebeu a tristeza daquela ave perguntou-lhe:
 - Porque é essa tristeza Kererê?
Kererê respondeu-lhe:
- Entre os meus pares eu sou a mais feia!
Naquela época Kererê era toda preta...
Dandalunda então pediu para Kererê se aproximar. Ela pegou em osum amarelo e pintou o seu bico; depois com osum vermelho os brincos. Depois com waji tornou as penas azul escuro e com efum fez as pinturas brancas. E continuou a pintar Kererê. Esta ao ver a sua imagem no abebé de Dandalunda saiu correndo de tanta felicidade cantando "Kuéim, kuéim, kuéim".
Dandalunda que ainda não tinha terminado de pintar Kererê pediu a Kakulu, divindade dos gêmeos, para que corresse atrás de Kererê e a trouxesse de volta, pois não tinha pintado o seu peito.
Kererê lá voltou e pediu para que Dandalunda ao invés de pintar o peito lhe desse um colar.
Dandalunda fez-lhe a vontade e ofereceu-lhe um colar em forma de coroa que Kererê carrega até hoje... e entre os seus pares é a mais linda de todas...
Tempos depois Kererê voltou e tornou-se o primeiro ser que "tomou" obrigações por aquela que é capaz de modificar todos com a sua doce magia encantada da beleza.
Kererê, o primeiro ser de cabeça raspada, adornado e pintado por Dandalunda... e é por este motivo que quando um Kererê é sacrificado, os africanos têm que tirar este colar em forma de coroa e coloca-lo em evidência!

OBS: Kererê é também conhecida por Konquem, "Tô" fraco, Etu ou Galinha d’Angola

(Fonte: Nação e Cultura da Cor)

terça-feira, 8 de março de 2011

DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

No dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.A manifestação foi reprimida com total violência. 
As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Unidas).

(Fonte: http://.www.diadasmulheres.kvt.org.br)
Desconheço a autoria da imagem publicada acima.

Todas, mulheres tão bonitas quanto qualquer Estrela, 
que lutam todos os dias para fazer do mundo um lugar melhor para se viver, parabéns pelo dia de hoje.

quarta-feira, 2 de março de 2011

A ALFAZEMA.


A alfazema é usada para restabelecer o fluxo menstrual. É calmante e alivia as dores de cabeça. É ótima para quem tem enxaquecas, se usada em tratamento constante. Alivia o coração , é boa para hipocondria e tonturas decorrentes de abalos nervosos.
Além disso, a planta serve para afastar as bruxas disfarçadas de mariposas, que rondam os berços dos bebês indefesos, assim dizia a minha avó.