Ela tem uma cara horripilante. Anda com roupas imundas e carrega um saco nas costas ou amarrado na cintura.
Costuma viver em ambientes úmidos e escuros, cercada de animais nojentos como baratas, cobras, escorpiões, carrapatos, ratos, morcegos, piolhos e vários tipos de mosquitos, como a mosca-varejeira, a muriçoca e os borrachudos.
A bruxa é originária de alguns países do mundo. Na Grécia eram famosas bruxas como Hécate e suas filhas Circe e Medeia.
Na Inglaterra, Alemanha, Itália, França, nos países nórdicos e do leste europeu proliferaram bruxas durante a Idade Média.
Em cada vilarejo havia uma bruxa ou feiticeira atormentando a vida dos camponeses, artesãos e princesas. Se, como dizem, a Idade Média foi a Idade das Trevas, as bruxas foram a sua sombra.
Traziam consigo a peste, a fome e as guerras. Muitas pessoas inocentes foram queimadas na fogueira sob a crença de que eram bruxas, como Joana D’Arc, na França.
Em cada continente há uma raça de bruxa assustando as crianças. No Brasil existe a Cuca, mulher do bicho-papão, que é mencionada nas cantigas de ninar, como nesta: "dorme, nenê que a cuca já vem já. Papai foi na roça, mamãe no cafezá".
A Cuca anda mais por São Paulo, Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro e Espírito santo. Aparece nos demais estados com outros nomes. Às vezes vem acompanhada de um bruxo chamado tutu-marambá, tutu-zambeta ou tutu-do-mato. Ao contrário do que se pensa, não é difícil afastar uma bruxa. Há os esconjuros ou rezas para exorcizar, para expulsá-las de um lugar.
Há alguns recursos práticos, como colocar sal na entrada da casa ou deixar uma tesoura de aço aberta em cima da mesa da cozinha.
Pode-se deixar também uma vassoura atrás da porta, mas há o perigo da bruxa roubar a vassoura para voar. É aconselhável não ter em casa plantas que atraem os seres maus, como a gameleira, o fedegoso ou o jenipapo.Boas plantas para afastá-los são a japecanga e a arruda.
Eles não agüentam o cheiro da arruda. Aliás, ninguém agüenta...
Tradicionalmente a comida predileta das bruxas é a sopa de miúdos de porcaria.
Nessa sopa entra de tudo: perna de rã, rabo de cobra, minhoca, unha de macaco, banha de porco-espinho, miúdos de anta, alho, sal grosso, pimenta malagueta e toucinho.
È nessa sopa que elas colocam as suas vítimas, humanas ou não, para “engrossar o caldo”.
As bruxas tornaram-se populares a partir de suas participações nos contos de fada como personagens coadjuvantes ou secundárias.
Em “João e Maria” há uma velha ardilosa que constrói uma casa de doce para atrair os dois irmãos.
Em “Branca de Neve” a madrasta é uma verdadeira bruxa, com seu espelho mágico e com mania de mandar maçã para Branca, ainda por cima envenenada. Atualmente existem bruxas? Em grande quantidade. Entretanto tornaram-se inofensivas diante de tanta violência das cidades.
Algumas irmãs como Malva, Malvina e Malvona, preferem, a sair na rua, ficar em casa assistindo às novelas, fazendo tricô e lendo histórias de terror.
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