quarta-feira, 19 de agosto de 2009


Não temos medo dele.
Na verdade, para nós ele é mais poderoso do que as palavras. Nossos ancestrais foram educados nas maneiras do silêncio e eles nos transmitiram esse conhecimento.
"Observa, escuta, e logo atua, nos diziam. Esta é a maneira correta de viver.
Observa os animais para ver como cuidam de seus filhotes.
Observa os anciões para ver como se comportam. Observa o homem branco para ver o que querem. Sempre observa primeiro, com o coração e a mente quietos, e então aprenderás. Quanto tiveres observado o suficiente, então poderás atuar".

Com vocês, brancos, é o contrário.
Vocês aprendem falando. Dão prêmios às crianças que falam mais na escola.
Em suas festas, todos tratam de falar. o trabalho estão sempre tendo reuniões nas quais todos interrompem a todos, e todos Falam cinco, dez, cem vezes. chamam isso de "resolver um problema". Quando estão numa habitação e há silêncio, ficam nervosos. Precisam preencher o espaço com sons. Então, falam compulsivamente, mesmo antes de saber o que vão dizer. Vocês gostam de discutir. Nem sequer permitem que o outro termine uma frase. Sempre interrompem.

Para nós isso é muito desrespeitoso e muito estúpido, inclusive. Se começas a falar, eu não vou te interromper. Te escutarei.
Talvez deixe de escutá-lo se não gostar do que estás dizendo. Mas não vou interromper-te. Quando terminares, tomarei minha decisão sobre o que disseste, mas não te direi se não estou de acordo, a menos que seja importante. Do contrário, simplesmente ficarei calado e me afastarei. Terás dito o que preciso saber. Não há mais nada a dizer. Mas isso não é suficiente para a maioria de vocês.

Deveriam pensar nas suas palavras como se fossem sementes. Deveriam plantá-las, e permiti-las crescer em silêncio. Nossos ancestrais nos ensinaram que a terra está sempre nos falando, e que devemos ficar em silêncio para escutá-la. Existem muitas vozes além das nossas. Muitas vozes. Só vamos escutá-las em silêncio.


"Neither Wolf nor Dog.
On Forgotten Roads with an Indian Elder" – Kent Nerburn
Texto traduzido por Leela, Porto Alegre

"Os Lakota de antigamente eram sábios. Sabiam que o coração do homem que se afasta da natureza se torna duro. Sabiam que a falta de respeito pelas coisas vivas e que crescem depressa desemboca numa falta de respeito pelos seres humanos. Por isso, manteve sempre as suas crianças próximas da suavidade da sua influência.

(Luther Standing Bear – Luther Urso Erecto – chefe Sioux Oglala)


Saudações Florestais !

PROTEÇÃO AMBIENTAL.


"Somente quando a última árvore for cortada...

Somente quando o último rio for poluído...

Somente quando o último peixe for pescado...

É que os homens brancos vão descobrir que dinheiro não se come".

O homem precisa satisfazer suas diversas necessidades, e para isso está sempre recorrendo à Natureza, retirando dela tudo aquilo que precisa. Para isso damos o nome de exploração.

Hoje, já sentimos as conseqüências da exploração indiscriminada dos recursos naturais no nosso dia-a-dia e temos conhecimento dos problemas enfrentados pelo planeta com tudo isso. Um dos maiores recursos naturais explorados pelo nosso país são as florestas.
As florestas guardam uma grande riqueza em sua diversidade. Plantas e animais desconhecidos, madeira, minérios e outros recursos explorados fazem parte deste tesouro e são de grande interesse - principalmente econômico - para o homem.

A exploração leva à retirada da vegetação natural para a obtenção de madeira, usada pelas fábricas de móveis, pela indústria de papel e celulose ou para exportação. Com isso, a área devastada pode ser utilizada para a monocultura agrícola, para a formação de pastos, para criação de animais, e ainda explorada pela indústria mineradora.

Aos poucos, pela exploração descontrolada, as florestas vão desaparecendo. Animais e vegetais que poderiam ser utilizados pela Ciência e pela Medicina desaparecem, pois já não possuem mais seu habitat, os solos são compactados ou degradados pela erosão e os rios sofrem assoreamento devido à retirada da mata ciliar.

Precisamos, antes de tudo, repensar a importância que as florestas possuem em nossas vidas, assim como as áreas verdes em nossas cidades, e as conseqüências da real possibilidade de seu desaparecimento.

AJUDE A PROTEGER A NATUREZA.

Na luta por um mundo melhor,

Saudações Florestais !

"Na minha aldeia tinha palmeiras
Onde cantava o sabiá
As aves que aqui gorjeavam
Não gorjeiam mais
Nosso céu tem poucas estrelas
Nossa floresta desmatada
Nossos bosques perderam a vida
Nossa vida tristonha
Em cismar sozinho, à noite,
Prazer não encontro eu aqui.
Minha aldeia tinha palmeiras
Onde cantava o sabiá.
Não permita Deus
Que a nação indígena morra
Sem que resgatemos nossa terra,
Sem que desfrutemos dos primores
Que aqui existiam,
Sem que ainda aviste as palmeiras
Onde cantavam o sabiá".

Paródia da Canção do Exílio (Gonçalves Dias)
escrita por Aliana Pataxó (Iata)

PRECE INDÍGENA.


Os povos nativos são os fazedores de mitos e lendas, este é o maior de seus legados.

"Um homem sussurou: Deus fale comigo.
E um rouxinol começou a cantar
Mas o homem não ouviu.

Então o homem repetiu:
Deus fale comigo!
E um trovão ecoou nos céus
Mas o homem foi incapaz de ouvir.

O Homem olhou em volta e disse:
Deus deixe-me vê-lo
E uma estrela brilhou no céu
Mas o homem não a notou.

O homem começou a gritar:
Deus mostre-me um milagre
E uma criança nasceu
Mas o homem não sentiu o pulsar da vida.

Então o homem começou a chorar e a se desesperar:
Deus toque-me e deixe-me sentir que você está aqui comigo…
E uma borboleta pousou suavemente em seu ombro
O homem espantou a borboleta com a mão e desiludido
Continuou o seu caminho triste, sozinho e com medo".

( Tradução e adaptação do Livro By San Etioy)

Saudações Florestais !

QUEM TEM FOME TEM PRESSA.


Não temos nas mãos as soluções para todos os problemas do mundo, mas diante dos problemas do mundo , temos nossas mãos.
Confesso a vocês que fiquei um pouco mexida depois de ouvir o depoimento de uma mãe que, durante 15 dias apareceu nos diversos meios de comunicação a procura de notícias sobre seu filho que havia desaparecido durante uma escalada num monte em África. O discurso dela era sempre o mesmo, do filho economista brilhante que estava dando a volta o mundo para conhecer de a pobreza de perto. Só então estaria apto a escrever sua tese de doutorado.
Desde então, palavras desta senhora não me saem da cabeça.
Eu fico me questionando:
-Será que realmente é necessário dar a volta ao mundo para conhecer a pobreza de perto?
-Será que o que se diariamente vê no Brasil, quando abrimos a nossa janela,não é suficiente ?
Eu sou professora formada e desde que resolvi sair do Rio de Janeiro para morar na região serrana fugindo da violência que estou desempregada. Hoje eu só como quando tenho dinheiro para comer: passo dias comendo pão com manteiga. Isso, é claro, não me tira a vontade de viver e nem as minhas esperanças, afinal quem escolheu viver aqui fui eu.
Mas será que quem está com fome vai ter tempo para esperar?
Como dizia o sociólogo Betinho, quem tem fome, tem pressa.
Penso que para escrever sobre a pobreza não precisa viajar pelo mundo, basta que, para isso, tenha passado somente um dia de fome. A fome não espera por viagens, por relatórios, por discussões e por soluções a longo prazo.
Lembrando que falar da fome nem sempre é falar da falta de comida na mesa e sim de uma oportunidade de trabalho para que o homem possa exercer de forma digna o cumprimento de seus atributos ao fim do mês.
Se cada um fizer a sua parte, por menor que seja, estaremos contribuindo para um mundo com menos injustiças sociais. Se falta dinheiro para fazer uma doação, faça-o com um prato de comida que seja, mas faça. Ou use o seu dom doando um dia da semana em benefício dos mais desasistidos. São inúmeras formas de ajudar.
Quem sabe se não vai estar ai o sentido que tanto procura para a sua vida ?

Pense nisso.

Saudações Florestais !


ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO.

Nascido em 1911 na cidade de Japaratuba, em Sergipe, Arthur Bispo do Rosário mudou-se em 1925 para o Rio de Janeiro, alistando-se na Escola de Aprendizes de Marinha. Durante oito anos foi, além de marinheiro, pugilista.
Em 1933 foi admitido pela Light, como lavador de bondes e borracheiro. Um acidente de trabalho o levou a mover uma ação judicial contra a empresa, estabelecendo contato com o advogado Humberto Leone, que acabou contratando os seus serviços: realizou todo tipo de trabalho doméstico em sua residência, em troca de comida e moradia.
A vida deste descendente de escravos tomaria outros rumos quando, numa noite quente de 22 de dezembro de 1938, o mesmo despertou com alucinações que o conduziram ao patrão, o advogado, para o qual disse que iria se apresentar na Igreja da Candelária.
Depois de peregrinar pela rua Primeiro de Março e por várias igrejas do Distrito Federal aquela época “acabou no Mosteiro de São Bento, anunciando a uma confraria de padres que era um enviado, encarregado de ‘julgar os vivos e os mortos’.
Dois dias depois foi preso pela polícia e conduzido ao hospício da Praia Vermelha, o Pedro II, (primeiro asilo oficial do Brasil inaugurado em 1852) que anos antes já havia sido local de estadia do escritor mulato Lima Barreto (1881-1922). Os rótulos em relação a Bispo naquela instituição fornecem uma noção dos preconceitos vigentes na época: negro, sem documentos, indigente.
Um mês depois foi transferido para a Colônia Juliano Moreira, localizado no subúrbio de Jacarepaguá, sob o diagnóstico de “esquizofrênico-paranóico”, lá ele seria o paciente de número 01662.

Neste local Bispo permaneceria por mais de cinqüenta anos e em determinado momento passou a produzir objetos com diversos tipos de materiais que, após a sua descoberta, seriam classificados como arte vanguardista e comparados à obra de Marcel Duchamp. São navios (tema recorrente devido sua relação com a Marinha na juventude), estandartes, assemblages, veleiros, faixas de misses e objetos domésticos.


Destaca-se dentre todos o famoso “Manto da Apresentação”, espécie de capa que Bispo deveria vestir no dia do Juízo Final. Sua obra foi feita de sucata que recolhia dos lixos deixado por pessoas: enquanto esteve internado no hospital psiquiátrico Juliano Moreira, juntou lixo e entulho para sua produção.
Os bordados, por exemplo, eram todos feitos com uniformes e lençóis velhos desfiados.
Vale a pena conhecer.

A LENDA DA LUA.


Esta lenda conta sobre a origem da lua. O índio Manduka namorava sua irmã. Todas as noites ele ia deitar com ela, mas não mostrava o rosto e nem falava, para não ser identificado.
A irmã, tentando descobrir quem era o tal namorado, passou tinta de jenipapo (fruta - Genipa americana) no rosto de Manduka.
Ele lavou o rosto, porém a marca da tinta não saiu.
Então ela descobriu quem era. Ficou envergonhada, muito brava e chorou muito. Manduka também ficou envergonhado, pois todos souberam o que ele havia feito.
Manduka decidiu então subir numa árvore que ia até o céu. Depois, ele desceu e foi dizer aos Jurunas (outros índios) que ia voltar para a árvore e que não desceria nunca mais. Levou uma cutia  para não sentir-se muito só. Aí virou lua.
É por isso que a lua tem manchas escuras, por causa do jenipapo que a irmã passou em Manduka. No meio da lua costuma aparecer uma cutia comendo coco. É a outra mancha que a lua tem.

Saudações Florestais !

O TAMBOR EM ÁFRICA.

Os tambores africanos assumem uma grande importância nas tradições musicais negro-africano: como se costuma dizer, no ritmo, na dança e no canto. Eles têm funções rituais e sociais, assim como se lhe atribui o símbolo da força do chefe e do clã (são tocados geralmente por homens) chegam a exprimir a identidade profunda de uma música intimamente ligada ou de uma linguagem falada.

Dizem lá na Guiné Bissau, que a primeira viagem à Lua foi feita pelo Macaquinho de nariz branco. Segundo contam, certo dia, os macaquinhos de nariz branco resolveram fazer uma viagem à Lua a fim de traze-la para a Terra. Após tanto tentar subir, sem nenhum sucesso, um deles, dizem que o menor, teve a idéia de subirem uns por cima dos outros, até que um deles conseguiu chegar à Lua.
Porém, a pilha de macacos desmoronou e todos caíram, menos o menor, que ficou pendurado na Lua. Esta lhe deu a mão e o ajudou a subir. A Lua gostou tanto dele que lhe ofereceu, como regalo, um tamborinho.
O macaquinho foi ficando por lá, até que começou a sentir saudades de casa e resolveu pedir à Lua que o deixasse voltar.
A lua o amarrou ao tamborinho para descê-lo pela corda, pedindo a ele que não tocasse antes de chegar à Terra e, assim que chegasse, tocasse bem forte para que ela cortasse o fio.

O Macaquinho foi descendo feliz da vida, mas na metade do caminho, não resistiu e tocou o tamborinho. Ao ouvir o som do tambor a Lua pensou que o Macaquinho houvesse chegado à Terra e cortou a corda.
O Macaquinho caiu e, antes de morrer, ainda pode dizer a uma moça que o encontrou, que aquilo que ele tinha era um tamborinho, que deveria ser entregue aos homens do seu país.

A moça foi logo contar a todos sobre o ocorrido. Vieram pessoas de todo o país e, naquela terra africana, ouviam-se os primeiros sons de tambor.

ORAÇÃO AOS ORIXÁS.


Eu sou brasileira, amo o meu país, mas lendo e estudando outras culturas descobrimos coisas igualmente lindas. Assim é essa oração.
O post de hoje homenageia a Cultura Africana, uma de minhas muitas paixões.
Eu amo os meus irmãos africanos.

"Que a irreverência e o desprendimento de Exú nos animem a não encarar as coisas da forma como elas parecem à primeira vista e sim que nós aprendemos que tudo na vida, por pior que seja, terá sempre o seu lado bom e proveitoso!
Laro yê exu!

Que a tenacidade de Ogum nos inspire a viver com determinação, sem que nos intimide com pedras, espinhos e trevas. Sua espada e sua lança desobstruam nosso caminho e seu escudo nos defenda.
Ogum yê meu pai!

Que o labor de Oxóssi nos estimule a conquistar sucesso e fartura à custa de nosso próprio esforço. Que suas flechas caiam à nossa frente, às nossas costas, à nossa direita e à nossa esquerda, cercando-nos para que nenhum mal nos atinja.
Okê arô ode!

Que as folhas de Ossanhe forneçam o bálsamo revitalizante que restaure nossas energias, mantendo nossa mente sã e corpo são.
Ewe ossanhe!


Que Oxum nos transmita a serenidade para agir de forma consciente e equilibrada. Tal como suas águas doces – que seguem desbravadoras no curso de um rio, entrecortando pedras e se precipitando numa cachoeira, sem parar nem ter como voltar atrás, apenas seguindo para encontrar o mar – assim seja que nós possamos lutar por um objetivo sem arrependimentos.
Ora yeyêo Oxum!


Que o arco-íris de Oxumaré transporte para o infinito nossas orações, sonhos e anseios, e que nos traga as respostas divinas, de acordo com nossos merecimento. Arrobobo Oxumaré!

Que os raios de Iansã alumiem nosso caminho e o turbilhão de seus ventos leve para longe aqueles que de nós se aproximam com o intuito de se aproveitarem de nossos fraquezas.
Êpa hey oyá!

Que as pedreiras de Xangô sejam a consolidação da lei divina em nosso coração. Seu machado pese sobre nossas cabeças agindo na consciência e sua balança nos incuta o bom senso.
Caô! Caô cabecilê!

Que as ondas de Iemanjá nos descarreguem, levando para as profundezas do mar sagrado as aflições do dia-a-dia, dando-nos a oportunidade de sepultar definitivamente aquilo que nos causa dor e que seu seio materno nos acolha e nos console.
Odoyá Iemanjá!

Que as cabaças de Obaluaiê tragam não só a cura de nossas mazelas corporais, como também ajudem nosso espírito a se despojar das vicissitudes.
Atotô Obaluaiê!

Que a sabedoria de Nanã nos dêem uma outra perspectiva de vida, mostrando que cada nova existência que temos, seja aqui na terra ou em outros mundos, gera a bagagem que nos dá meios para atingir a evolução, e não uma forma de punição sem fim como julgam os insensatos.
Saluba Nanã!

Que a vitalidade dos Ibeijis nos estimule a enfrentar os dissabores como aprendizado; que nós não percamos a pureza mesmo que, ao nosso redor, a tentação nos envolva. Que a inocência não signifique fraqueza, mas sim refinamento moral!
Oni di beijada!

Que a paz de Oxalá renove nossas esperanças de que, depois de erros e acertos; tristezas e alegrias; derrotas e vitórias; chegaremos ao nosso objetivo mais nobre; aos pés de Zambi maior!
Êpa babá Oxalá!

Que assim seja! Porque assim será! Porque assim o é!"

domingo, 19 de julho de 2009

SERMÃO DO CASAMENTO.



"Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento na igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre:
"Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?"
Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:

- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?

- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?

- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?

- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?

- Promete se deixar conhecer?

- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?

- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?

- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?

- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?

- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?
Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros."

(Mario Quintana)

sábado, 18 de julho de 2009

Uma lenda indigena



Na aldeia Wapitxana, o ancião segurava uma cuia com algo a lampejar. As crianças curiosas tocavam de leve com medo de se queimarem... O ancião ria e os encorajava; são minerais que refletem a luz, nao queimam!

- Vô! Vô! São pedrinhas bonitas! A gente pode fazer colar? Fazer brinco? Fazer pulseira? Perguntavam as crianças na maior animação...

- Netos, elas constituem o corpo da Mãe Terra! Se retiramos do chão, ficam as feridinhas... Os pajés da natureza tentam curar... E, indagam: - Onde estarão os minerais: o ouro, os diamantes, as esmeraldas? -Netos, vamos logo devolver os minerais para os pajés curarem a feridinha da Mãe Terra...

As crianças correram com mãos cheias de pedrinhas coloridas e as lançaram de volta no córrego, felizes por ajudarem na cura das feridinhas da Mãe Terra.


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(Esta história foi contada por João Américo Peret, indigenista, jornalista e escritor. Peret ouviu esta linda história durante uma de suas andanças por Roraima).

http://www.coolmeia.ning.com/group/culturaindigena

domingo, 12 de julho de 2009

A Lenda do Rio Ave.


A lenda e a foto que trago para vocês hoje foi tirada de um FLOG de

uma amiga virtual chamada Adriana que mora lá na Vila do Conde, em Porto - Portugal. Ele conta, inclusive, que

esta foto foi tirada no Rio Ave, local onde se deu a lenda, rio este localizado há alguns

quilômetros de sua casa.

É muito legal quando amamos a nossa cidade e temos para contar, histórias de onde

moramos. Particularmente, gosto das de terror. Vivo procurando causos para

contar, e você ? Conhece alguma lenda da sua cidade ?


- A Lenda do Rio Ave -


Era uma vez uma menina pastora que veio dos lados de Espanha com o seu rebanho de cabras ate que chegou a Agra. Ficou tão encantada com a paisagem que resolveu ficar por lá.
Num belo dia de sol apareceu um cavaleiro com mais alguns colegas e ao ver a pastora ficou admirado com a sua beleza. Ele cumprimentou-a de forma terna e elogiou a sua beleza. Ela respondeu que não valia o elogio.
O cavaleiro mandou afastar os colegas, desmontou do cavalo e disse-lhe que iria ficar com ela naquele local só para a adorar.
Trocaram juras de amor mas, um dia, o cavaleiro teve de partir.
O cavaleiro prometeu que voltaria sem demora e disse-lhe que não podia viver sem ela.
Ela ficou muito triste e pensando que poderia nunca mais o ver perguntou-lhe o seu nome. Ele respondeu que era conde de uma vila próxima e que brevemente a viria buscar para o seu palácio.
Ela esperou tanto tempo que quase morreu de fome, de frio e de desilusão, também. Angustiada pensou - Preciso de o encontrar, de o encontrar de novo... nem que para isso tenha de ser ave e voar...
Como o seu amor nunca mais chegava chorou tanto que as suas lagrimas se transformaram num rio que foi banhar a terra do Conde que a abandonou: "Vila do Conde".
Para que ninguém se esquecesse do amor entre a pastora e o Conde, povo lembrou-se de chamar a Serra onde viveram o seu grande amor "Serra da Cabreira" e já que ela queria ser ave e voar passaram a chamar ao rio: "Rio Ave".


Acesse: http://www.fotolog.com/silvananunes

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Café : a bebida dos deuses.


O café, para mim, é a bebida dos deuses. Não devo abusar muito, mas pelo menos duas vezes por dia me dou a esse desfrute. Era domingo de tarde, estava dando umas voltas em busca de oportunidades para fotografar, quando o clima meio frio convidou-me a parar e saborear um bem quentinho. Simplesmente magnífico!
O café deste lugar é realmente delicioso, mas o meu é muito mais gostoso ainda.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Minha pitangueira está cheia novamente.


Há mais ou menos dois anos e meio larguei tudo na minha cidade em busca de PAZ. Vivia estressada em meio a buzinas, carros, tiros, assaltos e da falta de tempo das pessoas para com os outros. Um belo dia resolvi me dar um presente: juntei minhas coisas e vim morar na serra. Para isso tive de deixar para traz aquilo que tanto amo - os filhos ( já adultos, estão sempre aqui, mas não é a mesma coisa que a convivência diária, as gargalhadas que dávamos juntos na hora da jantar - eles são muito amorosos, divertidos, felizes) . Fazer o quê, não se pode ter tudo... além do mais, aqui eles não teriam trabalho, assim como eu não tenho; faço o que aparece para que possa pagar o aluguel e comer. Não tenho mais o dinheiro que tinha, mas nada paga a tranquilidade de dormir ao sons dos grilos e acordar com a sinfonia dos pássaros, mesmo que isso tenha me custado o meu equilíbrio financeiro e a distância daqueles que carreguei com tanto amor e dei a vida 9 meses depois.
E esta foto que divido com vocês mostra bem isso - é um dos meus momentos de contemplação: poder colher da árvore um fruto para comer. Não há nada mais maravilhoso do que a celebração e a renovação da Vida.

Saudações Florestais para vocês.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Um tremendo contador de "causos".




Conheci Sr. Haroldo Medina quando estava em busca de histórias para contar. E como quem procura, acha... acabei encontrando um tremendo contador de "causos".
Seu Haroldo foi jóquei e quando deu na telha, comprou um pedacinho de terra e levantou o seu barzinho que é todo feito de sucata.
Eu digo que se você ficar 10 minutos ao lado dele, vai dar boas gargalhadas com a sua prosa.
Isso que ele está recitando foi composição dele mesmo.
Uma figuraça !

Conheça um pouco do que é a Bauernfest em Petrópolis.

Mico na bauernfest :
minha filha com o meu genro (namorado da outra filha) no trem da alegria da bauernfest 2009.




O que é a Bauernfest ?

Bauernfest é a festa do Colono alemão, em Petrópolis. Essa festa é realizada desde 1990, comemoramos a chegada dos primeiros colonos Alemães à Petrópolis, em 29 de Junho de 1845.

São realizados também apresentações de grupo de dança folclóricos, desfiles pelas ruas da cidade, e também um caminhão de chopp, servindo de graça para todos que o acompanham.

Durante o baile, acontecem diversas atrações, com
o concurso de chapéu mais enfeitado, e também de tomadores de chopp a metro, etc.

A Bauernfest acontece anualmente no final do mês de Junho na praça da Confluência, onde se localiza o Palácio de Cristal, tranformando-se em um verdadeiro burgo Alemão.
A festa esse ano a festa foi realizada entre 26/06 a 05/07/2009: esta foi a 20ª Bauernfest.


Vê se não perde no ano que vem. A cidade fica cheia, a comemoração é muito divertida e pra quem gosta de cerveja...é só cair dentro ( com moderação).
Acaso venha de carro, traga alguém
para dirigir na saída, se bem que a cidade é pequena, se ficar no centro, dá para ir a pé.
O negócio é não perder a festa.
Pena que este ano já acabou.

No último sábado, dia 20 de julho de 2009, foram eleitas a Rainha e as Princesas da 20ª Bauernfest. O Desfile contou com 20 inscritas, mas apenas 12 candidatas participaram efetivamente do evento que ocorreu no clube Petropolitano.

A maioria das candidatas, são integrantes dos grupos folclóricos da cidade e algumas descendentes das familias germânicas que colonizaram a cidade de Petrópolis. Contamos ainda com representantes do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Alfarrábios da minha mocidade.


Quem não se lembra das famosas tirinhas "Amar é...", que com o tempo tornaram-se tão famosas que acabaram virando um álbum ?
Eu também tive um, completo.

"Amar é,

colocar as necessidades do outro
acima das nossas próprias necessidades,
sem que isso nos diminua.

O verdadeiro amor
não cabe em almas pequenas.

O amor é algo que deve nos enriquecer
como seres humanos".

Vale lembrar algumas reflexões sobre o ato de amar na visão de alguns pensadores:

"Amar é superar-se." (Oscar Wilde)

"Amar é mudar a alma de casa." (Mario Quintana)

"Amar é comprazer-se na perfeição." (José de Alencar)

"Amar é receber um vislumbre do céu." (Karen Sunde)

"Amar é saborear nos braços de um ente querido a porção de céu que Deus depôs na carne." (Victor Hugo)

"Amar é ser levado a ter prazer na perfeição, no bem, ou na felicidade do objeto amado." (Gottfried Wilhelm Leibniz)

"Amar é admirar com o coração; admirar é amar com o espírito."
(Théophile Gautier)

"Amar é descobrirmos a nossa riqueza fora de nós."
(Émile-Auguste Chartier, "Alain")

"Amar é uma necessidade do coração; fazer amor é uma ocupação do espírito." (Nicolas Chamfort)

"Amar é humano; e nos acontece pela força dos deuses." (Plauto)

"Amar, é ver-se como um outro ser nos vê, é estar apaixonado pela nossa imagem deformada e sublimada." (Graham Greene)

"Amarmo-nos é lutar constantemente contra milhares de forças ocultas que brotam de nós mesmos ou do mundo." (Jean Anouilh)

"Amar é uma mistura de alegria e medo; de paz por um lado e ameaça de guerra pelo outro. É pensar que a felicidade tem nome e endereço. É temer não estar à altura. É sofrer tanto quanto
querer." (Bruno Campel)

"Amar é cansar-se de estar só: é uma covardia portanto, e uma traição a nós próprios." (Fernando Pessoa)

"Amar é encontrar na felicidade de outrem a própria felicidade."
(Gottfried Wilhelm Leibniz)

"Amar bem é amar loucamente." (André Suarès)

"Amar é fazer pacto com a dor." (Julie de Lespinasse)

"Amar é ser estúpidos juntos." (Paul Valéry)

"Amar é metade de crer." (Victor Hugo)

"Amar é também agir." (Saint-John Perse)


Não era uma vez...



Gostaria de dividir com vocês uma oportunidade única: o dia em que meu príncipe encantado entrou pela janela e veio me buscar.
Para quem não acredita que isso possa acontecer, eis a prova. Fotografado por mim mesma.
Isso me fez lembrar a historinha de um tal sapo apaixonado:

Era uma vez um sapo, que vivia numa floresta. Ultimamente estava se sentindo muito estranho... Sentia uns calafrios, ora umas ondas de calor, não sabia se estava alegre ou triste. Passava as noites perambulando. Dentro do seu peito tinha alguma coisa que fazia tum-tum. O que estaria errado com ele?
Sabendo que o Seu Coelho era um animal muitíssimo letrado, resolveu consultá-lo para ver se descobria qual era o seu mal.
- Seu Coelho, não sei o que está havendo comigo... (explicou seus sintomas)
- Ah, Seu Sapo, o que faz tum-tum no seu peito é o seu coração, o meu também faz e não estou doente!
- Mas, Seu Coelho, às vezes ele bate mais depressa que o normal... Ele faz assim: um-dois, um-dois...
- Ahá!!!!! Você está apaixonado!!!!!!
- APAIXONADO ??????????????? – espantou-se o sapo. Uau! Estou apaixonado!!!!!!!
O sapo saiu da casa do Seu Coelho todo animado, até que pensou: - Ué, mas por quem será que estou apaixonado??? Ah, já sei!! Estou apaixonado pela Dona Pata!! Ela é tão linda e tão simpática!! Mas será que ela vai gostar de mim?? Eu sou verde e ela é branca...
Pensando em agradar sua amada, o sapo foi até sua casa e desenhou um lindo coração para dar à Dona Pata. Pegou também um buquê de flores do campo para entregar junto com o desenho, mas faltou coragem. Seu coração batia forte: tum-tum, tum-tum, tum-tum. Então ele foi até a casa dela, durante a noite, deixou o buquê na soleira, e o coração ele colocou por debaixo da porta . Quando Dona Pata viu o desenho na manhã seguinte, ficou toda encantada:- Meu Deus, que coisa mais linda!!!!! E olhe aqui na soleira, um buquê de flores!!!! Quem será que está me mandando estes presentes????
De tanto pensar na Dona Pata, o sapinho apaixonado já não comia, já não dormia, caiu de cama !!!!! Os animais todos da floresta estavam preocupados com ele, e Seu Coelho convidou a Dona Pata para visitá-lo.
Chegando lá, ela foi logo cuidando do Seu Sapo, levou um prato de sopa, um suco de laranja, ajeitou o travesseiro dele dizendo:
- O que está havendo Seu Sapo?? Estou muito preocupada, pois gosto muito de você e...
O sapo não deixou a Pata terminar. Encheu-se de coragem e foi falando:
- Pata querida, eu também gosto muito de você, aliás, estou apaixonado, e é por isso que estou doente.
Deste dia em diante, o Sapo e a Pata começaram a namorar, e até hoje o coração dos dois está fazendo tum-tum, só que agora juntinhos...
Dessa união nasceram os sapatinhos e as sapatilhas!

Livre adaptação do livro "O sapo apaixonado" de Max Velthuijs.
(Recontado por James Silva)

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

PETRÓPOLIS EM SERENATA

QUEM ANDA COM DEUS NÃO TEM MEDO DE ASSOMBRAÇÃO...
Foi assim que o programa "Expresso Imperial" visitou o projeto "PETRÓPOLIS EM SERENATA", comandado com muita alegria pelo nosso colega radialista JOSÉ LACERDA.
No dia 16 de outubro foi a vez da Praça Catulo, na Castelânea, receber a visita dos seresteiros Sylvio Cândido, Geralda Nascimento, Zilda Helena e Sônia Basílio, acompanhados pelos músicos Badeco (cavaquinho), Carlos Gil ( violão) e Dudu (violão de sete cordas).
Neste edição, foi homenageado o poeta, compositor e radialista, nosso menino passarinho, Luiz Vieira. Os olhos do menino marejou quando os poetas, os músicos e os seresteiros entoaram "prelúdio para ninar gente grande".
Com o apoio de SOLANGE AZEVEDO, José Lacerda leva saudade e alegria aos bairros e distritos petropolitanos há cerca de oito anos.Por ocasião do evento, o radialista J.Carlos Barbosa, apresentador do "Expresso Imperial", foi incumbido de passar as mãos do apresentador de televisão, Luiz Fernando (Rádio na TV), um diploma congratulatório.
O encerramento da serenata deu-se na residência do locutor Nilson Platt, apresentador do programa "Petrópolis em MPB".


"É tarde,
eu já vou indo
preciso ir embora
até amanhã"...

terça-feira, 14 de outubro de 2008



Essa é a cadelinha MEL, uma cocker muito levada que, esta semana, aprontou com seus donos.

Na foto com os seus donos Márcio Luiz Aragão de Araújo (esq.) e sua filha Vitória Meireles (centro) e a Sandra Mounstein, esposa do Edson (da banca de jornal do Maninho, no Sola - Bingen- Petrópolis).

Uma longa história...que serviu para nos unir.

E que acabou tendo um final feliz, porque todos são ouvintes do programa "Super Manhã Imperial", que vai ao ar de segunda a sexta, das 6h às 10h, pelas ondas da Rádio Imperial AM de Petrópolis, nos 1.550khz, apresentado pelo radialista J. Carlos, produzido por mim, Silvana Nunes.'.
http://www.radioimperialam.com/ / http://www.expressoimperial1550.blogspot.com/