domingo, 30 de agosto de 2009

FOLIA DE REIS.

Em nome de Deus pedimos
Que tu sejas batizado
Os três Reis são os padrinhos
Que recebem o afilhado

Sua promessa estácumprida
Os três Reis estão presentes
Seu filho será guiado
Pelos Magos do Oriente.

O Reisado foi introduzido no Brasil-Colônia pelos portugueses no século XIX. É um espetáculo popular das festas de Natal e Reis, cuja ribalta é a praça pública, a rua, mas as vezes pode ser apresentado em residências.

Folia de Reis ou Reisado ou ainda Terno-de reis constitui um dos mais originais folguedos da nossa cultura popular.
É uma folia conhecida em Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Espírito Santo .
No interior, é uma dança do período natalino em comemoração ao nascimento do Menino Jesus e em homenagem aos Reis Magos: Gaspar, Melchior e Baltazar, que levaram ouro, incenso e mira, que representam as três dimensões de Cristo (realeza, divindade e humanidade).

Esta festa tem sua origem primária na Festa do Sol Invencível, comemorada pelos romanos e depois adotada pelos egípcios. A festa romana era comemorada em 25 de dezembro (calendário gregoriano) e a egípcia em 6 de janeiro. No século III, ficou estabelecido que dia 25 de dezembro se festejaria o nascimento de Cristo e 6 de janeiro, dia dos Reis.

A característica principal do reisado está no uso de muitos adereços, trajes com cores quentes e chapéus ricamente enfeitados com fitas coloridas e espelhinhos.
O reisado é composto de 4 a 6 mascarados que dão vida, hilaridade e rebuliço é brincadeira. Eles também devem proteger o Menino Jesus e confundir os soldados de Herodes. Acrobatas e declamadores, representam os soldados perseguidores do Menino. Tem ainda: rei, mestre-sala, alferes, a burrinha, o boi, o Jaraquá, a arara, o caipora, a ema, etc. Muitos outros personagens podem aparecer, dependendo da região em que esta festa é realizada. Todos acompanham uma bandeira, estandarte da folia, um quadrado de madeira com a Adoração dos Magos, ornamentada com flores e espelhos, carregada pelo alferes.

Na andanças pelos locais programados, não passam por baixo de varal de roupa, dá azar.
Se precisarem atravessar uma cerca de arame, não passam os instrumentos por baixo da cerca, eles perdem o som.
Se durante o "giro" precisarem consertar ou manter em ordem os instrumentos, têm o cuidado de não deixar no local nenhum resto de material usado nem do próprio instrumentos (por exemplo, pedaços de corda da viola), alguém pode empregar esses restos para fazer algum mal.

2 comentários:

josé roberto balestra disse...

Silvana, que maravilha de blog, menina! Quanta cultura, tão bom quanto o outro que você tinha. Sempre tive muito carinho por Folias de Reis. É uma manifestação que ainda carrega muita pureza, em qualquer dos estados em que é apresentada. Quanto aos "cuidados" com os instrumentos posso lhe dizer que concordo sim com todos; quando estou compondo, e aí preciso colocar de lado o violão pra escrever a letra, jamais o coloco com as cordas pra cima sobre a cama... pura "paura" de ver a inspiração ser soprada por espíritos invejosos...

Beijos, e tenha uma ótima semana! Voltarei sim!

Flora Maria disse...

Maravilha, Silvana, essas histórias !
Aqui em S.L. temos vários grupos de Folia de Reis nos bairros.
O meu é um deles, e em dezembro começa a cantoria.

Beijo