segunda-feira, 15 de março de 2010

E FOI ASSIM QUE AS ESTRELAS SURGIRAM.

Era um tempo de grande seca para as tribos. Não havia alimento sobrando. As índias reunidas saíram em busca de comida para os maridos e os filhos.
Procuraram por todo o lugar e nada. Não viam caça, nem fruto, nem nada para comer.
No dia seguinte resolveram levar junto um grupo de curumins, quem sabe não dariam sorte?
E deu certo.
Logo acharam um grande milharal em que as espigas não haviam sido atingidas totalmente pela seca. Ali, puderam encher os cestos com espigas amarelinhas.
As crianças também ajudaram na colheita do  milho, mas a fome era grande e logo, sem que as mães percebessem,voltaram para tribo carregando uma boa parte das espigas colhidas.
Chegando na aldeia, pediram logo para a avó fazer um bolo. Ela fez e não demoraram a devorar tudinho, sem deixar qualquer pedaço  para a velha, que também estava há dias sem qualquer refeição. Só restaram mesmo algumas migalhas que os pássaros, também famintos, devoraram num piscar de olhos.
Quando terminaram a farra e de barriga cheia, ficaram envergonhados com a atitude egoísta que tiveram. Como podiam ter comido tudo sozinhos quando todos ainda estavam com fome?
Com medo do castigo que lhes seriam imposto, as crianças trataram logo de  fugir. Pediram para o colibri que amarrasse no céu o maior cipó que encontrasse, e por ele começaram a subir.
Quando notaram o sumiço dos curumins, as índias ficaram preocupadas e voltaram correndo para a aldeia. Ao chegarem, viram os curumins subindo o cipó.
Assustadas, elas começaram a subir também os cipós para salvá-los, mas eles estavam cada vez mais alto.
Como o cipó não era lá era lá muito forte, acabou rompendo com o peso, e as índias caíram no chão, transformando-se em onças. Os curumins, que já estavam no céu, não conseguiram mais voltar.
Assim, durante a noite, quem olhasse para o céu ainda podia ver os pontinhos brilhantes dos olhinhos dos curumins, transformados em grandes estrelas.

20 comentários:

angela disse...

Crianças...será que é por isso tudo que os olhos da onça brilham como estrelas á noite?
beijos

Daniel Savio disse...

Mas engraçados que as onças tem habitos mais nortunos, sendo que será que elas procuram os curumins?

Fique com Deus, menina Silvana.
Um abraço.

Gislene disse...

OLÁ, SILVANA
ESTA CULTURA INDÍGENA, SUAS HISTÓRIAS, SÃO REALMENTE BELAS E FASCINANTES, PASSADAS À TANTAS GERAÇÕES, POIS, ACREDITO QUE SE NÃO TIVESSEM UM FUNDINHO DE VERDADE, NÃO PERDURARIAM POR TANTO TEMPO, NÃO ACHAS?
BEIJOS PARA VOCÊ, E ATÉ MAIS!!!
GISLENE.

Flora Maria disse...

Bonita lenda de crianças e estrelas.

Beijo

Sonia disse...

Amei essa lenda!
uippp...!!!
Belo blog mesmo!!!
Ainda estou por qui!
Bjsss...milll...

Sonia disse...

Amei essa lenda!
uippp...!!!
Belo blog mesmo!!!
Ainda estou por qui!
Bjsss...milll...

Fê Costta disse...

Adoro folclore! :)

Bjs

continuando assim... disse...

MAIS LOGO, um novo capítulo da história de Alice.
lá no,
... continuando assim...


Aceito , e agradeço as vossas sugestões ... talvez a letra esteja pequena... talvez o blogue possa estar confuso.... talvez ... e talvez :)
talvez nem gostem da história...


Enfim...qualquer coisa, digam.
até logo

obrigada por seguirem
Bj
teresa

Mônica disse...

Este texto daria excelentes temas para as salas de aulas.
Com carinho Monica

Blogat disse...

Salve Silvana!
Deixei um selo para vc,pela qualidade de seu blog,lá no BLOGAT.
Com admiração,saudações florestais Maria Alice

Rui disse...

Uma grande semana, Silvana !
Beijo
.

Milene Lima disse...

Concordo que as crianças adorariam essas suas histórias. Aliás, as aulas deveriam ser dadas assim, de forma que prendesse a atenção delas, assim como vc consegue prender de quem entra aqui.
Beijo, Silvana.
Amei o texto.

FlorAlpina disse...

Gosto de ler!
bonita esta lenda.
Bjs dos Alpes...

Regina Rozenbaum disse...

Sil,amada!
Que lenda mais linda...Um céu estrelado, num deserto, sem nada de poluição é uma das visões mais belas que podemos ter. Uma semana iluminada pelas estrelas procê,amiga.
Beijuuss n.c.

www.toforatodentro.blogspot.com

She disse...

Oi queridaaaaaa tem selinho pra vc lá no meu cantinho de comentarista excelente, é uma pequena homenagem à vcs que agregam positividade, carinho e sinceridade ao meu blog.
Pega lá!
Bjo, bjo! ;)

PS: Depois eu volto pq o seu blog merece tempo e calma pra ser lido de tão interessante que é...bjks!

fénix renascida disse...

Essas crianças egoístas (qual a criança que não o é, pois que ainda são tão pequenas!)partilham agora o seu brilho com o resto da humanidade. Quanto às mães, que se transformaram em onças, fizeram-me lembrar uma novela vossa que passou há alguns anos aqui em Portugal. A história chamava-se Pantanal, e encantou-me precisamente porque refletia uma lenda. Talvez fosse precisamente essa...

Unknown disse...

Minha amiga aqui fica o paraíso das lendas.

Fátima Vaz de Lima disse...

Oi Silvana,
como são lindos nossos mitos e folclores.
Adoro estar aqui.
Beijo e até mais.

Daniel Savio disse...

É repostagem, não é?

Fique com Deus, menina Silvana.
Um abraço.

Paralelo Longe disse...

Silvana,
Que lenda tão bonita. É engraçado como ela nos recorda a enorme cumplicidade entre mães e filhos e, sem dúvida, a atenção que precisamos de ter nos seus anos mais traquinas. Tenho muitas histórias de grandes traquinices do meu filho mais velho. Passada a infância são uma delícia recordar. Um abraço e continue neste registo muito agradável. É um prazer passar por aqui, um bj Cristina