domingo, 14 de março de 2010

ANHANGÁ, O PROTETOR DA CAÇA.

Anhangá é um espírito que vaga pela mata como um fantasma ou assombração. Sua presença pode ser detectada por um assobio e depois disso, o animal que estava sendo caçado, desaparece como por um encanto.
Esse ser encantado e morador das florestas, pode assumir  a forma de diferentes animais mas, segundo os moradores da região amazônica, uma delas parece ser a mais preferida: a do cervo garboso com os olhos de fogo e uma cruz na testa ou um grande veado branco que desvia o caçador de seu objetivo. Anhangá além de enganar os caçadores desviando o tiro de sua arma, provoca febre e visões em quem o vê. Assim como o curupira, Anhangá é considerado o protetor da vida na floresta.
Segundo a crença popular, qualquer pessoa atacada por um animal selvagem pode se salvar gritando:
- "Valha-me Anahngá!".
Também se pode compactuar  com o Anhangá, prometendo tabaco em troca da embiara prometida.

Rios e matas,
passarela da ilusão,
muitas são as máscaras
do desfile de assombração

Caçador, muito cuidado
com o que irás caçar,
se for branco, veado,
é melhor não atirar.

Se de seus olhos afogueados
nem lhe deite um olhar,
pois é alma do outro lado,
é o encantado Anhangá.

Se quiseres  boa caça,
faz à ele um agrado:
na ponta de uma vara,
deixa um pouco de tabaco,
os fósforos e a mortalha,
para que faça  seu cigarro.

Anhangá quando fuma,
deixa de assoviar,
caçador vai à caça,
foi o trato com Anhangá.
Anhangá, Anhangá, Anhangá!
Anhangá, Anhangá, Anhangá !

( 3 Coelho)

23 comentários:

Zaza Lombardi disse...

ciao ...
Que bella historia.
Eu aprendi com minha mãe que é neta de india,que quando se entra em uma mata se pede licença,eu acho tudo isso lindo,são crenças.

Hugo de Oliveira disse...

A cada dia aprendo mais aqui.



abraços


Hugo

Menina da Lua disse...

Nossa que história belíssima!!!lenda da sua terra? seu trabalho é muito bom, abraços

C@uros@ disse...

Olá minha cara amiga Silvana Nunes, aodrei a bela história e que bela imagem fotográfica. Aqui, sempre se respira cultura, parabéns.

Paz e harmonia em sua semana,

forte abraço,

C@aurosa

Jorge disse...

Silvana

Você é uma enciclopédia. Uma cultura que nos faz aprender sempre mais.
Obrigado por mais esta aula.
Saudações urbanas,
Jorge

Vida*** disse...

Nossa folclore!! Nossas matas,ricas em aprendizado(crenças)!! Qta cultura se assimila por esses lados!! Tenho descendência...indigena...Portanto:-Orgulho-me e respeito esse espaço ao qual tem se muita cultura para assimilar.Somos muito primários ainda !! Em cultura do folclore brasileiro. Obrigada!!! Um dia excelente com um raio de sol maravilhoso pra ti!!!

SolBarreto disse...

Nao me canso nunca de vir aqui...E como sempre digo aos amigos, seu cantinho é o Brasil, com suas culturas, lendas, crenças...ADORO TUDO ISSO!
E muito obrigada por nos mostrar esse BRASIL assim de forma tao encantadora!

Regina Rozenbaum disse...

Sil, amada!
Nessas semanas ando invocando todos os santos, personagens de lendas, orixás e claro nosso PAI maior... Proteção nunca é demaisss e só eu sei como ando precisando dela!
Beijuuss n.c.

www.toforatodentro.blogspot.com

Vitor Chuva disse...

Olá Silvana!

Muito curiosa esta história sobre o veado, seus estranhos poderes, e a imagem a que se encontra associado.
Aqui em Portugal, Nazaré,num lugado chamado de o Sítio, muito alto, à beira-mar, diz-se que um veado ao ser caçado conduziu o caçador até á beira do abismo e para ele se lançou esperando que aquele o seguisse.O veado, afinal, era o diabo e o cavaleiro salvou-se por milagre quando o cavalo prestes a cair no abismo, de repente estacou, deixando a marca dos cascos cavada na rocha.
Hoje há lá uma capela, e é local de visita obrigtório - com uma linda vista sobre o mar.Estranhos poderes, o do veado, aqui símbolo do mal- que neste caso foi vencido pelo "bem"

Como sempre, gostei!
Beijinhos.
Vitor

εїз ViViAn ★ Sbrussi /(",)\ disse...

Oieeee!

vim ver as novidades e te desejar um ótimo fds!
=D


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(\_(\
(-':'-)
(")_(") Miguinho(a)


As pessoas se assemelham muito a caixinhas de músicas...

Algumas têm muitos adornos, mas por dentro estão vazias..

Outras quase não têm adornos, mas, por dentro,

guardam delicadamente grandes tesouros..

Outras, quando as abrimos,

Mostram-nos um interior tão complicado

que nos perdemos entre seus labirintos...

E há aquelas que são tão transparentes

Que na primeira olhada já sabemos como vão atuar sempre...

Sempre me ocorreu que as pessoas são como caixinhas de músicas...

Que só as conhecemos e conseguimos amá-las ao ouvir sua música interior...

Porque essa música tem alguma coisa de mágica e reflete a beleza de sua alma.


(autor desconhecido)


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Fernanda Ferreira - Ná disse...

Olá amiga Silvana,

Desculpe se estou a faltar mais ultimamente, não tem dado mesmo...
Logo fico mais livre para voltar a comentar com a regularidade habitual.

Como sempre adorei a história do Anhangá, o protector da caça.
Por mim não haveria caça, muito menos a desportiva.
Só se devia caçar em último recurso para matar a fome.

Beijinhos

Anônimo disse...

Muito legal.
Vc sabia q eu imprimo esses contos e passo para os meus alunos?
Chega de saci-perere,Iara,lobisomem e tudo o mais.
Ele estão gostando e eu também.
Parabéns por nos ofertar contos tão interessantes.
beijos

Sonia Schmorantz disse...

Lindíssima esta postagem!
beijos, ótima semana

Unknown disse...

é com imenso prazer que retorno a esta casa para ler os seus escritos.

Beijos.

as arteiras disse...

Olá, Silvana!
Esta história, se confunde um pouco com a do Curupira, não?
Mas, gostei de ler e saber mais uma lenda.
Tenha uma linda semana!
Bjs!!!
As arteiras

Braulio Pereira disse...

olá amiga

adoro estar aqui

aprendo cada instante

cultura !! palavras
historia.. lendas.. relatos

poesia!!

beijo poético!!

felizes dias !!

ELIANA-Coisas Boas da Vida disse...

AMOOOOOOOOOOOO HISTÓRIAS VENHO SEMPRE LER ALGUMA!
ESSA ADOREI!
BJIM

Lilá(s) disse...

Adoro estas histórias, que maravilhoso trabalho está fazendo amiga!
Bjs

Rosemildo Sales Furtado disse...

Olá Silvana! Mais uma vez passando para enriquecer minha cultura que é muito pobre (melhorou um pouquinho depois que comecei a frequentar o teu espaço e mais alguns outros).

Estou em débito contigo, mas quando menos esperares, a receita chegará. Rsrs.

Beijos e ótima semana pra ti e para os teus.

Furtado.

Dani Pedroza disse...

Se um dia eu resolver ir à mata, certamente não será pra caçar. Mas vou me lembrar de pedir licança ao Anhangá. Lenda ou não, melhor não vacilar, né? Bjs.

Bergilde disse...

Silvana, por aqui cada registro é fonte de muita aprendizagem. Adorei conhecer mais esse personagem do nosso folclore brasileiro. Sobre a pergunta que você deixou lá nos filhotes adorados veja neste site como instalar o código:www.digasparablogs.com.br

Daniel Savio disse...

Menina, lenda interessante, mas sempre tem uma lenda de um animal sagrado branco...

Fique com Deus, menina Silvana.
Um abraço.

Anônimo disse...

Silvana querida
É fascinante a lenda de Anhangá que desaparece como num encanto.
Você minha cara, acabaste de responder a uma pergunta que lhe fiz sobre uma música folclórica, que citava o nome de Anhangá, e que nunca saiu de minha cabeça...
Por isso que a gente sempre tem que vir aqui, motivados todos pelo encantamento de suas lendas e brilhantismo de seu trabalho.
Fico eternamente agradecida.

Muitos beijos