Ficavam por longas horas admirando a beleza da lua branca e o mistério das estrelas. Enquanto o aroma da noite tropical enfeitava aqueles sonhos, a lua deitava uma luz intensa nas águas fazendo Naia, a mais jovem e mais sonhadora de todas, subiu numa árvore alta para tentar tocar a lua, não obtendo êxito.
Inconformadas, resolveram escalar as montanhas distantes para sentir com suas mãos a maciez aveludada da lua, mas novamente elas falharam.
Quando elas chegaram lá, a lua estava tão alta que todas retornaram a aldeia desapontadas.
Elas acreditaram que se pudessem tocar a lua, ou mesmo as estrelas, elas se transformariam em uma delas. Na noite seguinte, Naia deixou a aldeia esperando realizar seu sonho. Tomou o caminho do rio para encontrar a lua nas negras águas. Lá, imensa e resplandescente, a lua descansava calmamente refletindo sua imagem na superfície da água.
Naia em sua inocência, pensou que a lua tinha vindo banhar-se no rio e permitir que fosse tocada. Naia mergulhou nas profundezas das águas desaparecendo para sempre.
A lua sentindo pena daquela tão jovem vida agora perdida, transformou Naia em uma flor gigante - a Vitória Régia - com um inebriante perfume e pétalas que se abrem nas águas para receber em toda sua superfície, a luz da lua.
(Desconheço a autoria das imagens publicadas acima).
6 comentários:
Agora me pegou na memória .
Uma cena que jamais esquecerei é a de ver de perto a Vitória, Régia Mesmo!
Isto lá no meio do Amazonas e olhe, dá vontade de ser ela.
Boa noite, Silvana.
Adorei essa história. Nos tempos de criança, tínhamos pavor da Vitória Régia, porque diziam que ela era carnívora, e por ser tão grande, ela comia gente.
Eu sempre queria certificar-me de que o Amazonas ficava realmente muito distante da nossa cidade.
Beijos.
Paz e bem irmâ obrigado por visitar o meu blog, paz e bem!
É engraçado, pois penso de uma forma romantica, pois sempre haverá alguém para cuidar da gente durante o nosso momento de necessidade, mesmo que a gente não pense que exista...
Fique com Deus, menina Silvana.
Um abraço.
Ler essa lenda me trouxe boas lembranças, de um tempo (faz tempo.. rs) em que sentar nos bancos escolares e ouvir histórias assim abria todas as janelas da imaginação, da emoção e do sonho...
É linda essa história!
Beijo grande, Silvana!
Silvana,venho agradecer pela sua visita aos filhotes adorados e mais uma vez me encantando com seus registros por aqui.Abraços da Itália,Bergilde
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