Os materiais utilizados normalmente para isso são tintas como o urucum que produz o vermelho, o jenipapo da qual se adquire uma coloração azul marinho quase preto, o pó de carvão que é utilizado no corpo sobre uma camada de suco de pau-de-leite, e o calcáreo da qual se extrai a cor branca.
O processo de preparação da tinta consiste em ralar a fruta com semente e depois misturá-la com outros pigmentos, como o carvão, para diversificar as cores.
Essa pintura corporal tem como objetivo diferir os povos, determinar a função de cada um dentro da aldeia e, em alguns casos, mostrar o estado civil.
Algumas índias utilizam esse método, por exemplo, para “dizer” que estão interessadas em encontrar um parceiro.
Qualquer índio pode preparar o material e depois usá-lo. Entretanto, é importante tomar muito cuidado com os desenhos a serem pintados.
Cada etnia tem sua própria marca e se alguma outra utilizar a mesma, uma luta entre as aldeias pode ocorrer.
Por exemplo, a etnia Tenharim, do Amazonas, faz desenhos de bolas em todo o corpo para se caracterizar. Os homens usam desenhos maiores para se diferenciarem das mulheres e imporem uma posição de liderança.
Já na aldeia Tapirapé, do Mato Grosso, homens podem usar as mesmas figuras das mulheres, mas as mulheres não podem usar as dos homens.
Entre muitas tribos essa arte corporal é também utilizada como uma forma de distinguir a divisão interna dentro de uma determinada sociedade indígena, como uma forma de indicar os grupos sociais nela existentes, embora existam tribos que utilizam a pintura corporal segundo suas preferências.
As formas de expressão indígena são muito variadas e retratam os sentimentos desse povo. Pintam o corpo para enfeitá-lo, para defendê-lo do sol, dos insetos e, também, dos maus espíritos.
A pintura corporal para os índios tem sentidos diversos, não somente na vaidade, ou na busca pela estética perfeita, mas pelos valores que são considerados e transmitidos através desta arte.
Desconheço a autoria das fotos postadas acima.
19 comentários:
Muito interessante gostei!
Oi Silvana!
Quando fomos fazer pesquisa com os índios Tembé, enquanto fui a coordenadora do Planetário do Pará e do Projeto Etnoastronomia, vinculado à Universidade Estadual, os dois pesquisadores que lá estiveram foram batizados com a pintura que lhes caracterizaram, e ganharam um nome Tembé através da pintura feita com o vermelho do jenipapo, e como custa a sair do corpo, demora dias.
Produzimos a cartilha "O céu dos índis Tembé", que traz a constelações denominadas por esse povo como: a da Ema, a da Siriema, a da Canoa, a da Anta, a do beija-flor, do Jabuti, a do "queixo da Anta" - correspondente ao signo de touro etc. Enfim, ganhamos o 1o. lugar do prêmio Jabuti em 2000, na categoria dos "didáticos". Foi maravilhoso porque transformamos a pesquisa em cartilha para crianças de todas as idades.
Um grande abraço!
Maria do Rocio
Acho demais essas pinturas. Muito interessante e bem feitas.
Abraço
AMIGA TEM SELINHO COM INDICAÇÃO NO BLOG "CADERNO ARTEIRO"...QUANDO PUDER PASSA LÁ PEGAR...É COM CARINHO!
PAZ E LUZ NESTE FDS...
BJ
GRAÇA
AMIGA TEM SELINHO COM INDICAÇÃO NO BLOG "CADERNO ARTEIRO"...QUANDO PUDER PASSA LÁ PEGAR...É COM CARINHO!
PAZ E LUZ NESTE FDS...
BJ
GRAÇA
Nice blog!
Silvana
Que aprendizado!!!
Muito bom te ler pois me ensina muito.
Obrigado, minha amiga
Saudações urbanas!
Jorge
Aqui bem longe o que eu aprendo.Grato querida amiga.
Beijo.
Se a mesma marca for usada por outra aldeia, resultará em luta. Isso calou forte em mim.
Repito: estou aprendendo muito aqui.
Eu não sabia que a pintura corporal dos indios tinha tanta importância ao ponto de criar uma guerra...
Fique comDeus, menina Silvana.
Um abraço.
Oi Silvane! Adorei o seu blog, ele é maravilhoso e reflete muito do que acredito, vou visitá-la sempre, já estou até levando seu selinho!
Desculpe não me apresentei!
Meu nome é Wanessa e vim retribuir sua visita, gostei muito de seu comentário no meu blog: http://wanakal-tecnologiaeeducao.blogspot.com/, onde você se adicionou como seguidora, Muito obrigada!Gostaria de pedir um pequeno favor, se possível, tive um problema com esse blog e tive que criar outro com o endereço bem semelhante: http://wanakal-tecnologiaeeducacao.blogspot.com/, que estou alimentando sempre que possível,como vou excluir este,gostaria fizesse uma visitinha no novo espaço!! Desde já agradeço! Breve farei nova visita!! Beijos digitais!!
Gostei muito, Silvana... gosto de aprender, enfim :).
Beijo de carinho
Oi, Silvana
O seu Blog é mesmo uma riqueza. Como aprendemos aqui! Muito obrigada e parabéns!
Ótimo domingo para vc e todos os seus!
minha avó tinha um pé de urucum no quintal. eu e meus primos usávamos pra brincar de índio!
MARAVILHA!!!!!!! e que bom este teu blog que me ensina tanto!
abraço bem forte,
EU AMO A PINTURA COPRORAL INDÍGENA!!!!
Anna
Uma verdadeira aula esse post. Amei Silvana. Bjs
Oi, Silvana!
Voltei a este post para dizer que fiz uma postagem sobre a cartilha dos tembés, parte do processo vivido entre 1997-2000. O Planetário que implantei aqui nesta época se chama Planetário do Pará "Sebastião Sodré da Gama", vi que você fez uma citação dele no blog. O meu outro blog que está a post referida é http://literagindo-maraoara.blogspot.com. Boa parte das histórias indígenas que você cita por aqui traduzem um pouco deste povo. O projeto de etnoastronomia acabou a partir do momento que lá deixei. Vamos em frente! Aquele Abraço! Maria do Rocio
Aquele Abraço!
Muito bom este site gostei.Ele me ajudou muito num trabalho de escola a prof amo e eu muito mas aprendi e compreendi td"!!(tenho 10 anos de idade)
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