terça-feira, 19 de janeiro de 2010

A LENDA DO TAMBA-TAJÁ.


Na tribo Macuxi havia um índio forte e muito inteligente. Um dia ele se apaixonou por uma bela índia de sua aldeia. Casaram-se logo depois e viviam muito felizes, até que um dia a índia ficou gravemente doente e paralítica.

O índio Macuxi, para não se separar de sua amada, teceu uma tipóia e amarrou a índia as suas costas, levando-a para todos os lugares em que andava. Certo dia, porém, o índio sentiu que sua carga estava mais pesada que o normal e, qual não foi sua tristeza, quando desamarrou a tipóia e constatou que a sua esposa tão querida estava morta.

O índio foi à floresta e cavou um buraco a beira de um igarapé. Enterrou-se junto com a índia, pois para ele não havia mais razão para continuar vivendo. Algumas luas se passaram. Chegou a lua cheia e naquele mesmo local começou a brotar na terra uma graciosa planta, espécie totalmente diferente e desconhecida de todos os índios Macuxis.

Era a TAMBA-TAJÁ, planta de folhas triangulares, de cor verde escura, trazendo em seu verso uma outra folha de tamanho reduzido, cujo formato se assemelha ao órgão genital feminino. A união das duas folhas simboliza o grande amor existente entre o casal da tribo Macuxi.

O caboclo da Amazônia costuma cultivar esta curiosa planta, atribuindo a ela poderes místicos. Se, por exemplo, em uma determinada casa a planta crescer viçosa com folhas exuberantes, trazendo no seu verso a folha menor, é sinal que existe muito amor naquela casa.

Mas se nas folhas grandes não existirem as pequeninas, não há amor naquele lar. Também se a planta apresentar mais de uma folhinha em seu verso, acredita-se então que existe infidelidade entre o casal. 
De qualquer modo, é sempre bom cultivar em casa um pezinho de TAMBA-TAJÁ.


Saudações Florestais !

25 comentários:

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Linda história de amor.
O amor verdadeiro, foi e será sempre, o nosso sonho e fantasia.
Mesmo que ele exista só nas lendas, ele é tão bonito, que nos traz felicidade ao ler, ou assistir um filme.
Um grande abraço.

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

OBA!!! Cheguei primeiro...

JuGalante disse...

ESSE BLOG É SIMPLESMENTE UM SONHO!

FOTOS-SUSY disse...

OLA SILVANA, ENCANTADORA LENDA...UMA BELA HISTORIA DE AMOR...VOTOS DE UMA FELIZ SEMANA!!!
BEIJOS COM AMIZADE,


SUSY

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá Silvana, bela história...Espectacular....
Beijos

Sandra Botelho disse...

Querida Silvana...
Que bom que és feliz com tão pouco.
Que bom que sente feliz somente com sua companhia.
Não sei viver desse jeito, sou intensa em tudo, e amo ser amada, ser mimada, ser desejada.
Vivo de minhas ilusões , meus sonhos, minhas dores de amor...
Minha companhia não me satisfaz , porque quero sempre mais, quero companhia, quero afeto,preciso. Quero amigos ao meu lado.Não saberia viver sem os que amo ao meu lado. Poder beijá-los todos os dias, me declarar sempre, gosto de dizer que eu os amo. Eu tambem diferente de você, somente quero alguem ao meu lado se ele for indispensavel em minha vida.
Não quero um alguem so para ocupar espaço.
Que bom que você é feliz somente na sua companhia, é uma mulher forte.
Preciso e respiro amor. Mas não acho que isso me aprisione, ou me cerceie, de forma alguma, penso que a vida sem intensidade, sem amor, sem dor, sem saudades, não é vida, é como tomar agua morna todos os dias.
Sofro e já sofri por muito amar.De uma coisa tenho certeza, aprendi tanto com cada fim.
Meu passado não esqueço, nem da felicidade , nem do sofrimento.
Não sei separar o passado do presente, acho que eles se completam e formam o que vivemos hoje e o que somos tambem.
Sinto saudades, mesmo que ela me fira.
Sou assim, só sentimentos.
E é assim que sei viver.
Bjos minha querida.
Obrigado pelo comentario.

ALFRAPOEMAS disse...

Cara Silvana,
Vi seu endereço nos comentários do blog de uma colega e conterrânea daqui, de Campina Grande - PB, Helena de Tróia.
Confesso que deparei-me com algo inusitado. Que beleza de blog! Que capacidade criativa você tem! Que bem você causa àqueles que lhe visitam. Não sei como possa qualificar o seu trabalho - no mínimo encantador.
Aqui, no Nordeste, temos muitas lendas a serem tão fielmente decantadas pela sua pena; espero que tome conhecimento delas - será uma dádiva para nossos olhos e ouvidos.
Parabéns mesmo, e que Deus sempre esteja lhe regando as sementes benfeitoras que fazem brotar tanta maravilha.

Alfrânio.

analice alves de oliveira (Lady Hannah) disse...

linda a lenda ....adorei ...principalmente pq expressa um tipo de amor que talvez ainda exista "o amor eterno" ...além de ter a interação com a natureza ..aliás ..lendas indígenas são linda pq sempre há a natureza inserida !! parábens..bjuss

Unknown disse...

Mais uma história de amor ardente.

Beijo.

Daniel disse...

Olá Silvana, obrigado pela visita em meu blog. Apareça quando quiser.

Gostei da sua postagem.
Vou acompanhar o blog.
Beijos

Histórias do Rio de Janeiro disse...

Muito interessante seu blog.
Prometo passar sempre por aqui para ler suas maravilhosas histórias.
Passei a seguir.
PARABÉNS!

Anônimo disse...

Silvana,muito linda e triste esse conto indígena!Adoro te ler!Bjs,

Vitor Chuva disse...

Olá Silvana!
Não deixa de ser interessante como "civilização" e "selva" , aparentmente tão distantes, se encontram, afinal, tão próximas no tocante a alguns aspectos. Aqui, nesta bonita história de amor - lindamente contada - poderíamos substituir as personagens índias por outras cridas por Shakespeare,ou o contrário.Traríamos, então, para aqui Othelo e Desdémona, ou Romeu e Julieta, cujo paralelo com a história aqui contada é extraordinário, ou o contrário, transportando as personagens índias para a obra o escritor Inglês.Dá que pensar, como em alguns aspectos - ligados ao sentimento amor - a humanidade, em locais tão díspares, não seja assim tão diferente como à primeira vista poderíamos ser levados a supor ...
Beijinhos; boa semana!
Vitor

Denise Guerra disse...

Oi Silvana, linda história de amor! Acho que a natureza nos espelha muito bem, talvez a imagem e semelhança que Deus disse seja esta imagem com suas entrelinhas, no entanto, reais. Tem histórias de intrumentos musicais nos meus dois blogs, quando puder vá lá pra ver, adoro suas visitas! Bjs! Denise Guerra
http://afrocorporeidade.blogspot.com
http://ecosdaculturapopular.blogspot.com

Anônimo disse...

"De qualquer modo, é sempre bom cultivar em casa um pezinho de TAMBA-TAJÁ."
Ou será que não?
Linda lenda Silvana!
Bjs.

catwoman disse...

Uma lenda linda, passo a aliteração. Faz-nos desejar um amor assim, também.
bjs. Silvana continue contando estas lendas tão lindas.

PS. Nunca fui ao Brasil, mas apaixonei-me por ele, não pelo Brasil das novelas, mas pelo de Jorge Amado.

Moonlight disse...

Olá Silvana,

Gostei muito desta lenda.
O Amor tem um misticismo fantastico!

Bj com luar

ju rigoni disse...

Lindo esse seu blogue que tem cheiro, gosto, do que há de mais bonito por aqui.

Obrigada por sua visita e comentário.

Bjs e inté!

Regina Rozenbaum disse...

Eiiii Sil
Adoro as lendas de amor...Aliás quase sempre "ele" está presente. O que faríamos sem ele, não é mesmo?
Beijuuss n.c.
Regina
www.toforatodentro.blogspot.com

Eliane disse...

Uma triste e linda história de amor!
Já conhecia a planta mas não a lenda.
Beijinhos e boa semana!

Anônimo disse...

Olá Silvana!!! Linda essa lenda, uma verdadeira história de amor! Adorei seu blog. Obrigada por visitar e comentar no meu cantinho. Estarei sempre por aqui. Um abraço.

Luis disse...

Amiga Silvana,
Linda esta lenda e como a maioria delas com uma moral interessante! O Amor transparece aqui de uma forma exuberante.Sempre que a visito me sinto mais satisfeito de o fazer!
Um beijinho muito amigo.

ALUISIO CAVALCANTE JR disse...

Querida amiga.

Quem encontra o amor verdadeiro, é capaz de qualquer sacrifício para mantê-lo vivo.
A lenda reforça isso, sabedoria que deveria ser ensinada em sala de aula, reforçando a parceria entre os que se gostam e dando um sentido de família verdadeiro.

Uma semana de paz para ti.

Maria Auxiliadora de Oliveira Amapola disse...

Bom dia, Silvana!
Bom dia, leitores!

Daniel Savio disse...

Menina, um medidor de amor, mas as vezes o amor não é exatamene divido ao donos da casa, sim a interelação dele com terceiros...

hua, kkk, ha, ha, brincadeira com um fundo de volupia.

Fique com Deus, menina Silvana.
Um abraço.