terça-feira, 20 de outubro de 2009

BEM VINDO A ILHA DE PAQUETÁ.



A Ilha de Paquetá no Rio de Janeiro destaca-se desde os fins do século XIX, como um dos locais mais românticos do país, onde grandes amores tiveram início.
Essa associação do lugar ao culto a "Eros" se deve, em grande parte, ao fato de que no imaginário popular o romance "A Moreninha", de Joaquim Manoel de Macedo, teve como cenário a Ilha.
Entre as diversas lendas de Paquetá, a mais famosa e que influenciou bastante na ocupação humana da Ilha foi, sem sombra de dúvida, a lenda da Moreninha, escrita por Joaquim Manoel de Macedo em 1844.
Segundo algumas pessoas, o amor entre Augusto e Carolina ocorreu na Ilha de Paquetá, e o autor teria escrito o romance na própria Ilha, numa pensão situada a Rua Padre Juvenal nº 44, que pertencera a Sra. Maria da Cunha Marques e seu esposo. Atualmente, pertence por herança a um de seus filhos. O prédio onde funcionava a velha pensão foi tombado muito antes do tombamento da Ilha. Há quem afirme que Augusto era o nome sob o qual se escondia Joaquim Manoel de Macedo, talvez para ocultar a história real acontecida com ele.


Outra lenda famosa é a do "Poço de São Roque". O culto a São Roque vem desde os tempos coloniais. D. João VI e D. Pedro I freqüentemente vinham à Ilha participar da festa do santo padroeiro. No Poço de São Roque foi realizada a primeira festa das árvores e segundo diziam, possui uma água milagrosa capaz de curar feridas quando lavadas e solucionar doenças quando ingerida em doses fracionadas.
As romarias eram grandes, vindo pessoas de diversos lugares. 
Afirma-se, inclusive, que D. João VI banhou nas águas do poço uma úlcera na perna ficando curado da mesma.
  Existe também uma outra lenda a respeito do poço de São Roque: "quem beber daquela água voltaria certamente à Ilha e encontraria nela um amor paquetaense, pelo qual ficaria preso à Ilha para sempre".



Outra narrativa bastante difundida é a da "Pedra dos Namorados": ela afirma que se um casal arremessar algum objeto e este ficar sobre a pedra, o casamento se dará em curto espaço de tempo e o amor será eterno. Até hoje essa lenda atrai milhares de casais de namorados.
Outra história bastante intrigante é esta que trago para vocês - A Lenda da Pedra Rachada. 


Em frente ao “farol vermelho” bem na Baía de Guanabara, quase chegando a Ilha de Paquetá, existe um recife majestoso
secionado ao meio. Contavam os velhos da terra:

-“Dois irmãos, uma índia e um índio, que habitavam aquele local antes da chegada dos europeus, tiveram amores incestuosos.
Certa vez, quando praticavam o pecado,
um raio caiu sobre eles, separando-os e transformando-os naquelas duas rochas".

Eu tive a felicidade de ser criada nesta ilha, cujas narrativas misteriosas povoaram o meu imaginário desde criança.

Saudações Florestais !

15 comentários:

Luisa disse...

Tomara beber água do poço de São Roque e encontrar o meu amor, para nela ficar presa para sempre!

Obrigada por nos relatar, estas lendas lidíssimas....

Luisa

Anabela disse...

nunca ouvi falar nessa ilha,fiquei muito curiosa,vai mostrando fotos para a gente conhecer,a lenda que mais gostei foi a dos irmaos indios,puxa...

Gina disse...

Silvana, já fiz muitos passeios à Ilha de Paquetá, quando morava no Rio. Que saudade!
A gente passava o dia todo e abusava do sol. Cheguei a pegar uma insolação, mas ainda assim guardo boas lembranças daqueles passeios.
Bjs.

Anônimo disse...

Adorei,conhecer as lendas dessa maravilhosa ilha,pois sou apaixonada por Paquetá.Ainda frequento embora digam que não é mais a mesma,para mim continua sempre encantadora.Voce é privilegiada por ter vivido la ,sempre sonhei em morar em Paquetá ,quem sabe um dia...

ROSA GLACE disse...

Silvana,o comentário anõnimo é meu,devo ter clicado errado.bjs

Boas Vibrações disse...

obrigada por ter me visitado ,adorei o seu cantinho com histórias maravilhosas, e que felizarda vc ter sido criada em umlugar paradisiaco.
BOAS VIBRAÇÕES PARA VC...

Pierre Corneille disse...

Faz muito tempo que não vou a Paquetá, deu muita saudade agora. Parabéns pelo blog.

♥ ♥ Eu disse...

Não conhecia, mas posso sentir q é um lugar muito especial...adorei a visitinha, obrigada.

uma ótima semana prá vc!

wallper.lima disse...

Mto boa apostagem, me fez recordar as vezes que estive por lá, era tão bom...Vc se sente livre!
Adorei saber sobre as lendas.
Bjocas.
Waleria Lima.

Flora Maria disse...

Por incrível que possa parecer, eu nunca estive em Paquetá !!!
Meu marido passou a infância e adolescência frequentando a ilha, e um tio dele (o músico Sandoval Dias) teve casa lá por vários anos e era tradição a família se reunir por lá.

O romance A Moreninha é realmente encantador e as lendas que cercam a ilha são muito interessantes.
Beijo

Cultura em Movimento disse...

Parabéns,seu blog também é muito bom!
gostei das histórias.
Estarei sempre dando uma olhadinha aqui também.muito obrigada por ter visitado nosso blog,contaremos com sua presença .
As histórias são muitos boas.

Rosa Carioca disse...

Fico encantada sempre que visito seu blog...

Silvia disse...

Oi, Silvana
achei muito Tri o teu Blog. Com ótimas leituras para se fazer.
Parabéns.
Abraço

Daniel Savio disse...

O bom que com está lenda, acabou descobrindo um pouco de ti...

Senhorita nascida em Paquetá.

Fique com Deus, menina Silvana.
Um abraço.

zihmagalhaes disse...

Olá, bom achei seu blog procurando fotos da pedra rachada, achei uma maior que essa que você postou, em um outro blog que também fala sobre a lenda.
Bom mas enfim, vim comentar que a verdadeira história das pedras está no livro 'Aqui morrem as ilusões' e que não é uma lenda é uma história veridica! A unica lenda que tem dessa pedra é que o casal da verdadeira história aparece nas luas de lua cheia. rs
adorei seu blog, beijos.